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Campo

Foto: Divulgação

O programa Qualidade na Mesa visa promover a segurança alimentar e nutricional à população que vive na zona rural do Estado. O projeto é realizado por meio de um convênio firmado entre o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Caixa Econômica Federal e o governo do Estado, através do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins). Por meio da implantação de hortas comunitárias, o governo fomenta a produção de alimentos saudáveis e a geração de renda a 250 famílias que vivem em comunidades rurais.

O projeto tem por objetivo implantar 17 hortas no modelo Produção Agroecológica Sustentável (PAS) no Tocantins. Em cada propriedade rural, será utilizado uma pequena área, em modelo circular irrigado, associando o cultivo de hortaliças e verduras como alface, coentro, cebolinha, rúcula, jiló, cenoura, beterraba, dentre outras, com a criação de animais (aves e peixes).

“Apesar das chuvas estamos produzindo muito bem. Estamos cultivando cenoura, beterraba, abobrinha, cheiro verde, cebolinha, melancia e muitas outras coisas, além de frango. Comemos as verduras da horta no almoço e na ‘janta’. Os produtos que sobram temos entregado no mercado duas vezes por semana, fornecemos para a cidade de Arraias e Campos Belos”, comemora a produtora rural da Comunidade Cajueiro, Maria de Lurdes Francisco da Conceição, uma das beneficiadas com o programa.

De acordo com o assessor direto para assuntos de Olericultura da Ruraltins, Valdivino Fraga de Melo, mais de mil pessoas serão atendidas pelas 17 hortas circulares, oferecendo assim alimentação saudável e aumento da renda. O projeto proporciona ainda cursos de associativismo e de fabricação de farinhas entre outros.

Para ele, entre os benefícios da horta em modelo circular estão o baixo consumo de energia e água, como também a utilização de aves e peixes no controle de insetos. “O primeiro controle é feito pelas aves que ficam em volta do projeto e o segundo é feita pelos peixes que ficam no centro do circulo com uma lâmpada acesa durante a noite para, assim, fazerem a captura de insetos. Com isso nós temos conseguido diminuir em até 60% o uso de produtos químicos nas hortaliças”, afirma Melo.

Segundo o assessor, cada horta gera em torna de R$ 5 mil por mês entre renda não monetária (produção consumida pelas famílias) e monetária (vendida). Até o momento já foram implantadas hortas nas cidades de Arraias, Divinópolis, Figueirópolis e Paranã. Os próximos municípios a receberem o projeto são Natividade, Taguatinga, Conceição do Tocantins, Ponte Alta do Bom Jesus, Sucupira, Sandolândia, Dueré, Aurora, Combinado, Lavandeira, Dianópolis e Pindorama. (ATN)