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Estado

Foto: João Di Pietro Enchente em Xambioá Enchente em Xambioá
  • Enchente Xambioá

A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) está realizando no Tocantins um mapeamento de áreas de risco, com o apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Os trabalhos de mapeamentos visam identificar, delimitar e setorizar locais considerados de risco para a população. Ao todo, serão mapeados nove municípios tocantinenses, por meio de um trabalho que está sendo realizado nacionalmente e deverá traçar um perfil de risco em cerca de 1.800 cidades brasileiras. Com estes dados, será possível prever condições de risco de desastres naturais e alertar a população com antecedência.

De acordo com a coordenação da Defesa Civil, no Tocantins serão mapeados os municípios de São Sebastião do Tocantins, Araguatins, Araguanã, Xambioá, Santa Fé do Araguaia, Araguaína, Goiatins, São Miguel do Tocantins e Formoso do Araguaia. Conforme a CPRM, os estudos irão orientar a tomada de decisões para a redução dos danos resultantes de risco geológico, principalmente escorregamentos, erosões, deslizamentos, enchentes e inundações.

Conforme o responsável pelo serviço de mapeamento de áreas de risco da Cedec, capitão Diógenes Madeira, os municípios tocantinenses contemplados encontram-se na região do Bico do Papagaio, bastante afetada pela cheia dos rios durante o período chuvoso. “Nós temos aqui no Estado, no período chuvoso, ocorrências neste sentido e não tínhamos condições de avaliar mais profundamente a situação nesses municípios e dar uma resposta mais eficiente, nós solicitamos que nove municípios do Tocantins fossem incluídos neste plano e fomos prontamente atendidos”, completou.

Segundo o capitão da Defesa Civil, durante o período de levantamento, pelos geólogos do CPRM, serão feitas visitas in loco, georreferenciamento, análises de solo. “Eles ainda vão analisar o histórico de tudo o que aconteceu nos municípios para entender a dinâmica desses acontecimentos. O papel da Defesa Civil é apoiar este trabalho e acompanhar estes geólogos. Nós temos um técnico juntamente com eles e estamos com os coordenadores municipais de Defesa Civil”, explicou.

Este processo de levantamento de dados iniciou-se na última segunda-feira, 2, e deve, segundo Madeira, levar cerca de 20 dias. “Depois destes levantamentos, eles vão fazer mapas de risco com um esboço de tudo aquilo que encontraram em campo e fazer um dossiê. Se nós temos um local de risco de desmoronamento, de deslizamento, de inundação, eles vão propor aos órgãos públicos, tanto municipal quanto estadual e federal, como proceder ou para a retirada das famílias, ou para a solução dos problemas. Seja com obras de contenção, obras de vias públicas, por exemplo”, salientou.

Prevenção

Para o responsável pelo mapeamento, a forma mais eficaz de minimizar os danos causados por desastres naturais é através da prevenção de riscos. Dentro deste contexto, o mapeamento das áreas que está sendo elaborado, será uma importante ferramenta na hora de salvar vidas. “Em comparação com o sudeste, ainda é muito pequeno o que temos aqui. Mas não podemos deixar que isso seja desculpa para que não sejamos contemplados. A gente precisa levantar nossas demandas e nossos problemas também. Durante muito tempo, nós vimos trabalhando somente na resposta. Há o alagamento, há a inundação e nós socorremos as famílias, mas não resolvemos o problema”, alertou. (ATN)