O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP) postou em uma rede social a foto entregando a recompensa de R$ 15 mil que ofereceu para quem denunciasse o grupo que colocou fogo em dois ônibus da capital no final de semana. Na foto o denunciante aparece de costas. “Entregando a recompensa dos 15.000 reais ao denunciante do esquema de queima dos nossos ônibus. Escolheu o lado certo”, postou o prefeito na rede social.
O denunciante teria, segundo informações, sido chamado para participar dos ataques e teria recusado. Na capital o valor que teria sido oferecido para o ato foi de R$ 8 mil.
A atitude do prefeito em oferecer a recompensa foi polêmica mas gerou resultado já que a denuncia dos quatro responsáveis pelos atentados em Palmas foi feita à Prefeitura da capital que repassou a informação para averiguação do sistema de inteligência da Polícia Militar.
Os quatro suspeitos foram presos na noite da terça-feira, 5. O denunciante também foi preso, mas foi liberado por ter contribuído com as investigações, ele entregou o esquema e apontou os demais envolvidos.
O suspeito que ganhou a recompensa confessou à titular da Deic, delegada Liliane Albuquerque, que a ordem dos ataques teria partido de dentro da CPPP como reação à suspensão de visitas no último final de semana. “Trabalhamos na investigação dessa informação e já identificamos quais teriam sido esses mandantes. Porém, não podemos adiantar mais detalhes”, disse a delegada.
As investigações devem apontar ainda quais os mandantes dos ataques nas prisões de Araguaína. Segundo o subtenente das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) da Polícia Militar, Gleidson Ribeiro, o grupo pretendia avançar nos ataques. “Eles pretendiam atacar outros lugares no Estado, com possibilidade do próximo ser Gurupi”, disse.