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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Falando pela liderança do PSDB, o senador Ataídes Oliveira (TO) afirmou nesta quinta-feira (19) em Plenário que a intenção do "pacote de medidas requentadas" anunciado pela presidente Dilma Rousseff na quarta-feira (18) não visa combater "o mar de corrupção nas gestões do PT". O objetivo, na avaliação do parlamentar, é tentar "afastar o Palácio do Planalto da sucessão de escândalos que deixou o Brasil estarrecido". Para Ataídes, no entanto, isso é impossível. Segundo ele, "as digitais da presidente Dilma estão marcadas no petrolão".

“Centralizadora como é a presidente, não dá para acreditar que a nomeação dos ladrões que roubaram a empresa não tenha sido pelo menos autorizada por ela. Se tipos como Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Nestor Cerveró e Pedro Barusco foram parar nos mais altos cargos da Petrobras, isso só aconteceu porque a presidente Dilma concordou com a indicação deles “, acrescentou.

O parlamentar observou que, antes de ser presidente da República, Dilma Rousseff já era "a manda-chuva do setor de energia e petróleo no Brasil". De acordo com ele, "nada acontecia no setor sem o aval dela, que foi ministra de Minas e Energia, ministra-chefe da Casa Civil por vários anos e presidente do Conselho de Administração da estatal".

Por ter ocupado todos esses cargos, salientou, a presidente Dilma sempre teve o poder de vetar as indicações políticas, mas nunca vetou. “Ela concordou com a nomeação dos ladrões, conduziu a Petrobras ao lado deles e, agora, quer se afastar, fingindo combater a corrupção”, disse.

Receita de Lula

Ataídes Oliveira lembrou que o ex-presidente Lula também anunciou um pacote anticorrupção logo que estourou o escândalo do mensalão, em 2005. “Aquelas medidas, hipócritas e populistas, jamais pretenderam acabar com a corrupção. O Lula quis apenas enganar o povo, como agora a presidente Dilma faz. A prova disso é que a corrupção, de lá para cá, ganhou uma dimensão ainda maior, como vemos no petrolão, o maior escândalo da história nacional”, argumentou.

O senador destacou que das sete medidas anunciadas pela presidente Dilma, só a regulamentação da Lei Anticorrupção vale imediatamente. Além disso, observou, as outras medidas são antigas, como a Lei da ficha Limpa para todos os cargos federais, que já tramita há pelo menos dois anos no Senado, apresentada pelo então senador Pedro Simon.  “Eu disse da tribuna na segunda feira passada e repito: presidente Dilma, Vossa Excelência não precisa apresentar várias medidas para tentar acabar com a corrupção. Uma só medida é suficiente: atenda a vontade do povo brasileiro e deixe o governo. Aproveite e leve consigo o Lula e o PT”, concluiu Ataídes.