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Polí­tica

Foto: Divulgação

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“Isso não foi um debate. Foi uma apresentação afinada com a presidente Dilma. Uma falta de respeito com esta casa, que tem a prerrogativa de questionar o ministro”, afirmou o senador Ataídes Oliveira (PSDB), que se retirou da Comissão de Assuntos Econômicos depois que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, evitou responder as perguntas que lhe foram feitas nesta terça-feira, 31, pelo senador sobre a política econômica do governo Dilma Rousseff e sobre as críticas que o ministro fez recentemente à presidente.

Ataídes Oliveira, o primeiro a questionar o ministro na comissão, lembrou a Levy que há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida. Ele citou recentes declarações do ministro de que o seguro-desemprego está completamente ultrapassado e de que a ação da presidente Dilma nem sempre é a mais eficaz, “no que eu e mais de 70 milhões de brasileiros concordamos plenamente”.

“Se um subordinado dirigisse as mesmas críticas ao senhor, qual seria sua atitude?” perguntou Ataídes. O senador também destacou que a economia brasileira está destruída e questionou se não seria mais fácil e melhor cortar despesas desnecessárias do governo do que aumentar impostos. Perguntou ainda se o ministro acha que dá para “meter ainda mais a mão no bolso do trabalhador” e se incentivar a produtividade da indústria não seria medida muito mais eficaz no combate à inflação do que elevar a taxa de juros.

Ao final, o senador ainda disse: “Conhecedor da incompetência, irresponsabilidade e desonestidade do governo do PT, eu lhe pergunto, ministro, o que vossa excelência está fazendo dentro deste governo? Não tem medo de macular sua biografia?”  Levy se limitou a dizer que acha meritório participar de um governo que tenta construir soluções democráticas  e equilibradas.