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Palmas

Foto: Divulgação

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Os presidentes da Câmara de Dirigentes Lojistas de Palmas (CDL) e da Associação Comercial e Empresarial (Acipa), respectivamente, Davi Goveia e Fabiano do Vale, se posicionaram em entrevista ao Conexão Tocantins na tarde desta quinta-feira, 23, sobre as críticas de comerciantes que disseram não haver representação das entidades nas reivindicações contrárias ao Estacionamento Rotativo Pago do Centro de Palmas por parte dos comerciantes que sentem-se prejudicados com o sistema, uma vez que não há tempo de tolerância para os clientes na ocupação do estacionamento que é um espaço público.

Fabiano do Vale disse que as afirmações são injustas e que estão querendo culpar as entidades. “Eu acredito que é uma tremenda injustiça eles falarem uma coisa dessas. Eles não sabem o que estão falando, estão indignados com um problema que está acontecendo e estão querendo jogar a culpa como se a Acipa e CDL não estivessem fazendo nada. É uma injustiça isso, é tanto que todas as reuniões que tiveram com eles, organizadas, uma coisa bem feita, foram feitas através da Acipa e da CDL", afirmou, contrapondo que quando as reuniões são realizadas por conta somente dos comerciantes elas viram uma baderna geral. "Essa reunião que querem fazer em ponta de loja é uma reunião desorganizada. Uns querem falar mais do que os outros. Se eles quiserem fazer uma coisa mais organizada a Acipa e a CDL estão à disposição. Lá é a casa deles. Nem eu nem o Davi somos donos das entidades não!", pontuou. 

O presidente da Acipa aproveitou para dizer que tem político querendo se beneficiar com as reivindicações da classe. "Que hora que nós (entidades) quisemos aparecer!? (referindo-se às críticas). Agora tem gente lá que é político naquela reunião que foi candidato a político que quer aparecer, quer fazer nome, quer fazer gracinha e quer discutir na frente de todo mundo e falar merda. Quer fazer a política do contra a Prefeitura em cima da situação e agora, isso aí eu tô fora (sic)", alfinetou. Fabiano não quis citar nome, mas o empresário Élvio Quirino, um dos que tem demonstrado contrariedade com o sistema de estacionamento implantado foi candidato ao senado pelo PSOL nas eleições do ano passado. 

Fabiano ainda justificou que foram realizadas várias reuniões no sentido de pautar as reivindicações dos comerciantes, entre elas, com o secretário Municipal de Mobilidade e Transporte, Cristian Zini e com o prefeito de Palmas Carlos Amastha. "A Acipa e a CDL não tem força de impor nada, de mandar em nada. O que ela tem condição é de reivindicar e foi o que nós fizemos", informou. 

O presidente da CDL, Davi Goveia, também usou da palavra injustiça para descrever as afirmações de comerciantes quanto a representação das entidades frente à reivindicação da classe. Davi disse não acreditar que seja um pensamento de todos os comerciantes e empresários. "Acredito que deva ser pensamento de uma ou duas pessoas dentro do grupo. Essas pessoas que falaram isso estão cometendo uma injustiça. Esse movimento começou no mês de fevereiro. Nos reunimos, tanto a Acipa e a CDL com representantes da empresa (Infosolo - concessionária da exploração do estacionamento) e os comerciantes", explicou. 

Davi Goveia afirma que juntamente com a Acipa após realização de várias reuniões, foram juntados todos os pontos questionados pelos comerciantes e empresários e entregue ofício na Agência de Transporte Trânsito e Mobilidade de Palmas (ATTM). Segundo ele, ainda é aguardado resposta para o ofício. 

Davi aproveitou para afirmar que a maioria dos comerciantes ou empresários que reclamam não são associados nem da CDL nem da Acipa.

Os dois presidentes confirmaram ao Conexão Tocantins que não foram convidados formalmente para a assembleia dos comerciantes que acontece na tarde de hoje com o sentido de organizar manifestação para o dia 29 deste mês na Avenida JK.  

Tempo de tolerância 

O presidente da Acipa, Fabiano do Vale, defende ser necessário ter um tempo de tolerância no estacionamento pago. "Eles (os comerciantes) estão indignados e tem a razão deles, eu também sou comerciante e concordo que tem que ter um momento de tolerância, sou a favor de que não cobre no sábado, acho que devia ter a tolerância da carga e descarga. Então são algumas coisinhas que nós reivindicamos que eu também, como comerciante, também sou a favor", informou. 

Davi Goveia informou ao Conexão Tocantins que entre as reivindicações encaminhadas ao secretário Cristian Zini está a tolerância de 30 minutos, que não seja cobrado de carga e descarga, haja reajuste nos preços cobrados, que o crédito tenha valor para outro local e ainda que não seja cobrado estacionamento nos sábados.