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Foto: Divulgação

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O Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe), repudiou através de nota encaminha à imprensa nesta quinta-feira, 27 de agosto, o pacote de medidas que foi anunciado pelo Governo do Estado na última segunda-feira, 24. Segundo o Sindicato, o aumento de impostos anunciado é uma medida"arbitrária e imprópria" para o momento atual vivido pelas famílias tocantinenses e penaliza diretamente os servidores e suas famílias. 

O Sisepe apresentou sete considerações acerca do pacote de medidas: repudiou veementemente o aumento de impostos; repudiou a tentativa do governo em imputar ao servidor a culpa da "incompetência administrativa e da má gestão dos recursos públicos"; manifestou apoio a proibição de despesas de pessoal com objeção; informou que não abrirá mão dos direitos adquiridos pelos servidores públicos; informou solicitação de esclarecimento a Secretaria de Administração em relação à auditoria na folha de pagamento; manifestou apoio ao recadastramento dos servidores e ainda, defendeu a implantação de um pacote anticrise. "O Sisepe/TO acredita que um verdadeiro pacote anticrise, deve contemplar a redução da estrutura organizacional, das pastas, rescisão dos contratos temporários das áreas administrativas, e, principalmente, a implantação de medidas como a jornada de trabalho de 06 horas, que, comprovadamente, representa redução de custeio para o Estado, sem, com isso, prejudicar o atendimento à população", segundo o Sisepe.  

Confira nota na íntegra 

 Posicionamento do Sisepe-TO diante das medidas anunciadas pelo Governador no dia 24/08

Com relação ao Pacote de Medidas anunciadas pelo Governador Marcelo Miranda no último dia 24 de agosto, e cujo objetivo, segundo o Governo é equilibrar as contas públicas, o Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe/TO) vem a público fazer as seguintes considerações:

1)    O Sisepe/TO repudia veementemente o aumento de impostos anunciado pelo Governador, uma vez que este aumento penaliza diretamente os servidores públicos e suas famílias. Consideramos uma medida arbitrária e imprópria para o momento atual vivido pelas famílias tocantinenses, que é de crise econômica. Na contrapartida, ao invés de aumentar impostos, o Governo do Tocantins deveria praticar uma política eficiente de arrecadação, fazendo cumprir com o que é de direito do Estado e arrecadando os tributos estabelecidos em lei. No entendimento do Sisepe/TO, se o Governo estabelecesse como prioridade para a categoria do Fisco, o trabalho de arrecadação e fiscalização, os auditores fiscais não precisariam ficar na sede da Secretaria da Fazenda e nas Delegacias da Receita Estadual realizando trabalho administrativo;

2)    O Sisepe/TO também Repudia a nova tentativa do Governo de imputar ao servidor efetivo, a culpa da incompetência administrativa e da má gestão dos recursos públicos. Faz-se necessário repetir mais uma vez o que já dissemos: o servidor público não é o vilão dessa crise! As medidas anunciadas não demonstram nenhum esforço do Governo em “cortar na própria carne”. O Governo entregou ao cidadão comum a conta negativa dos erros da administração pública;

3)     O Sisepe/TO apoia a proibição do aumento de despesas de pessoal, contanto que esta medida seja aplicada somente para a concessão de direitos advindos de novas leis. 

4)    O Sisepe/TO enfatiza que não abrirá mão dos direitos adquiridos pelos servidores públicos e que estão fundamentados em leis anteriores ao período da crise. Tais direitos precisam ser respeitados e cumpridos, a exemplo do pagamento integral da data-base e das progressões a todas as categorias;

5)    Quanto à auditoria na folha de pagamento, o Sisepe/TO solicitou esclarecimentos à Secad para saber se haverá a contratação de uma empresa privada ou a própria Secad fará este trabalho. Até o fechamento desta nota, a dúvida ainda não havia sido esclarecida. O Sisepe/TO defende a realização de auditoria na folha, desde que seja feita de forma séria e imparcial, com a devida prestação de informações verídicas, além da divulgação dos resultados aos servidores e à sociedade tocantinense;

6)    Quando ao recadastramento dos servidores, o Sisepe/TO APOIA a medida. Para o Sindicato, o recadastramento precisa ser feito com periodicidade anual, via sistema on-line, auditado pelos Departamentos de Recursos Humanos de cada órgão, para que em seguida, seja encaminhado para a Secad para consolidação dos dados;

7)     Por fim, o Sisepe/TO reafirma que continuará lutando para garantir o cumprimento de todos os direitos do servidor público que estão estabelecidos em lei e não permitirá tratamento diferenciado entre as categorias, conforme vem adotando o Governo Marcelo Miranda. No último dia 11 de agosto, o Governo editou a MP 44, que foi reeditada em 12 de agosto e concedeu reposicionamento à categoria do fisco gerando mais despesas com pessoal. Uma nota de amplitude nacional foi divulgada por diversas entidades classistas e classificou a medida como “trem da alegria” da carreira de auditores fiscais. Esta postura do Governo é, no mínimo, incoerente. O Sisepe/TO acredita que um verdadeiro pacote anticrise, deve contemplar a redução da estrutura organizacional, das pastas, rescisão dos contratos temporários das áreas administrativas, e, principalmente, a implantação de medidas como a jornada de trabalho de 06 horas, que, comprovadamente, representa redução de custeio para o Estado, sem, com isso, prejudicar o atendimento à população.

Assessoria de Comunicação Sisepe/TO

Palmas 27 de agosto de 2015