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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Tocantins durante a sessão da manhã desta terça-feira, 26, para fazer apontamentos quanto ao anúncio de concurso público da Polícia Militar do Tocantins. Segundo o deputado, não haverá novos policiais em serviço antes de julho de 2017.

Para Eduardo Siqueira, o concurso da PM para 1000 integrantes deve ser aplaudido mas, “com todo otimismo, o comandante da Polícia Militar (Glauber de Oliveira) disse que espera mais de 50 mil inscrições. Com todas as etapas, aberturas, editais e depois da aprovação, se não houver nenhuma contestação e os seis meses de curso, pode contar com esses policias nas ruas em 2017 mas em julho e não antes. Não vamos imaginar que vamos ter um policial novo antes de julho de 2017 mas parabéns, antes tarde do que nunca”, afirmou.

Eduardo Siqueira Campos lembrou os impasses nos últimos certames realizados no Estado e que, até o momento, não foram finalizados. “Mas veja, como é que vai comportar o cidadão brasileiro ao dizer assim: O Tocantins está chamando para um novo concurso. Já terminaram e já fizeram o curso daqueles policiais civis e da Defesa Social, para aqueles que foram aprovados?!”, questionou.

Problemas 

Eduardo elencou questionamentos quanto que, segundo ele, são importantes para os que desejam realizar o concurso. Segundo o deputado, a PM dispõe de um Fundo em que é recolhido mensalmente proventos de cada policial militar tocantinense. "No ano de 2012/2013 o saudoso, não porque não esteja entre nós mas porque não está no comando, coronel Benício, criou a Fundação da Polícia Militar para fazer a gestão dos recursos do fundo e o que fez a Fundação. A Fundação negociou com a UNIMED, negociou com a Farmácia Genérica, com supermercados e os militares compram com desconto pelo FanCard porque a Fundação passa a ter um poder de compra maior", afirmou. 

Mas, segundo Eduardo, há problemas no repasse de recursos. "O recurso é garantido porque é descontado mas o que acontece, que virou moda e é motivo de um requerimento meu, eu pergunto ao excelentíssimo senhor comandante da Policia Militar do Tocantins: há quantos meses está sendo recolhido o Fundo da Polícia Militar e não repassado ao mesmo Fundo e portanto a Fundação? É grave porque o militar quando receber o seu saldo e olha para o seu contracheque, ele tem certeza que o dinheiro está descontado mas quando ele chega a farmácia é dada a informação de que está descredenciada por falta de pagamento, ele passa a passar vergonha mas não por culpa do presidente da Fundação ou daquele que preside o Fundo mas sim pela falta de repasse. Isso é apropriação indébita! E aí o que faz o Fundo, tem que recorrer a recursos arrecadados para pagar, o que poderia ser chamado de uma pedalada", frisou. 

Outro questionamento do deputado é quanto ao repasse de dinheiro as viúvas de policiais mortos em combate. "O pecúlio do policial militar morto em combate, falecido em acidente ou por qualquer natureza. Há quantos meses as viúvas não recebem?! Nos últimos meses, 11 meses para não dizer um ano, somente cinco meses foram pagos. É direito sagrado e inalienável de uma viúva!", frisou. 

O parlamentar ainda falou da falta de repasse de indenização. "Quem não se recorda da indenização. Aquela luta que os policiais militares empreenderam e foram vencer no Supremo. Pergunte há quantos meses os militares não sentem o cheiro do dinheiro daquela indenização", disse. Segundo Eduardo, policiais militares estão com o nome no Serasa. 

O deputado disse aguardar esclarecimentos do coronel Glauber. “Que esclareça ao Tocantins o que está acontecendo com a gloriosa e honrada Polícia Militar deste Estado”, finalizou.