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Foto: Divulgação Alunos da rede pública de Brejinho de Nazaré participaram de palestras Alunos da rede pública de Brejinho de Nazaré participaram de palestras
  • Em Araguaína, foram visitadas a Clínica Terapêutica do município e o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CapsAd)

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju), conclui nesta sexta-feira, 16, a realização da 14ª Semana Estadual Sobre Drogas com o tema “Viva sem drogas, siga, curta e compartilhe essa ideia”. A programação que iniciou na segunda-feira, 12, passou pelos municípios de Brejinho de Nazaré, Miranorte e Dianópolis, e seguiu para Araguaína, para atividades ontem e hoje. A ação está sendo executada pela Gerência de Prevenção sobre Drogas, juntamente com o Conselho Estadual sobre Drogas e em parceria com os conselhos municipais, Polícia Civil e Superintendência da Juventude do Estado.

Desenvolvida desde 2002, a Semana Estadual Sobre Drogas visa reduzir as consequências sociais que afetam a saúde, a família, a comunidade e a sociedade, decorrentes do uso indevido de drogas. “O objetivo é lembrar a população sobre a importância das políticas de prevenção”, disse o gerente de Prevenção sobre Drogas da Seciju, José Américo Rosa Júnior, acrescentando que a escolha do tema foi para aproximar o público jovem tão inserido na temática tecnológica atual.

Durante os encontros, estão sendo realizadas palestras nas escolas sobre prevenção ao uso de álcool e outras substâncias, por meio do Projeto “Prevenir” da própria Seciju, além da entrega de cartilhas informativas e blitzen educativas nas ruas, com a entrega de materiais de conscientização à população. Em Brejinho de Nazaré, cerca de 450 estudantes participaram das atividades. Mas, somando com os municípios de Miranorte e Dianópolis, mais de 2000 pessoas receberam os materiais de divulgação e conscientização da Semana Sobre Drogas.

Em Araguaína, foram visitadas a Clínica Terapêutica do município e o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps/Ad), com o intuito de fortalecer as políticas públicas locais, além de conhecer e fiscalizar o trabalho que vêm sendo feito no município. Lá também aconteceria o “IV Circuito de Palestra: Quem escolhe seu caminho é você e não as drogas”, em 20 escolas municipais e estaduais, realizado pelo Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas, em parceria com o Conselho Estadual sobre Drogas, o Conselho Municipal de Educação e com a participação das polícias Federal, Militar e Civil, bem como Secretaria Municipal de Educação e outras entidades e instituições locais.

José Américo explica que a escolha dos municípios que receberam a programação são aqueles que possuem conselhos municipais de políticas sobre drogas atuantes e que ainda não foram contemplados.

Relatório Mundial

Relatório Mundial sobre Drogas de 2015 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) estimou que um total de 246 milhões de pessoas - um pouco mais do que 5% da população mundial com idade entre 15 e 64 anos – tenha feito uso de drogas ilícitas só em 2013 e cerca de 27 milhões de pessoas fazem uso problemático de drogas, das quais quase a metade são pessoas que usam drogas injetáveis (PUDI). Ainda de acordo com o Relatório, 1,65 milhão de pessoas que injetam drogas estariam vivendo com HIV em 2013. Homens são três vezes mais propensos ao uso de maconha, cocaína e anfetamina, enquanto que as mulheres são mais propensas a usar incorretamente opióides de prescrição e tranquilizantes. 

Brasil

Em 2014, o governo federal lançou a "Pesquisa Nacional sobre o uso de crack: quem são os usuários de crack e/ou similares do Brasil? Quantos são nas capitais brasileiras?" O estudo tomou como referência as 26 capitais, o Distrito Federal e algumas cidades em regiões metropolitanas. Após três anos de entrevistas domiciliares e em locais onde há o uso do crack, os pesquisadores estimam que existam atualmente nas capitais do Brasil cerca de 370 mil usuários de crack, com uma maior concentração nas regiões Nordeste e Sul.

Segundo a pesquisa, estima-se que somente 0,54% da população brasileira faz uso regular de crack, sendo o maior índice encontrado na Região Nordeste, onde essa proporção é estimada em 1,29%. 0,69% é estimativa para usuários com mais de 18 anos no Brasil. No Nordeste, esse número é estimado em 1,04% enquanto que no Sudeste é de 0,49%. Encomendado pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad/MJ) à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo é - segundo a Fiocruz - o maior e mais completo levantamento feito sobre o assunto no mundo, já com repercussões junto a comunidades internacionais que estudam o tema.

No Brasil, os dados oficiais sobre drogas são disponibilizados pelo Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (OBID), órgão ligado à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), da Presidência da República.