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Estado

O Governo do Estado através da Secretaria Estadual de Comunicação (Secom), posicionou-se sobre a Operação "Reis do Gado", da Polícia Federal (PF), que tem o objetivo de desarticular organização criminosa no Tocantins, envolvendo o governador Marcelo Miranda. De acordo com a Secom, o governador determinou o livre acesso às dependências da sua residência e do Palácio Araguaia, a fim de facilitar a ação da PF. 

Ainda de acordo com a Secretaria de Comunicação, até o momento, tanto a Procuradoria Geral do Estado (PGE), quanto o Escritório de Advocacia, que representa o governador Marcelo Miranda, não tiveram acesso à decisão da Justiça.

Operação "Reis do Gado"

A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira, a Operação Reis do Gado, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava no Estado do Tocantins praticando crimes contra a administração pública e promovendo a lavagem de capitais por meio da dissimulação e ocultação dos lucros ilícitos no patrimônio de membros da família do, segundo a PF, governador do Estado, Marcelo Miranda. O grupo é acusado de movimentar mais de R$ 200 milhões em lavagem de dinheiro. 

Participam da operação cerca de 280 policiais federais. Ao todo estão sendo cumpridos 108 mandados judiciais expedidos pelo STJ sendo, 8 mandados de prisão temporária, 24 de condução coercitiva e 76 de busca e apreensão nas cidades de Palmas e Araguaína no Tocantins, Goiânia/GO, Brasília/DF, Caraguatatuba/SP Canãa dos Carajás, Redenção, Santa Maria, São Felix do Xingu e Sapucaia/PA. 

A investigação apontou um esquema de fraudes em contratos de licitações públicas com empresas de familiares e pessoas de confiança do chefe do executivo estadual, que teria gerado enorme prejuízo aos cofres públicos. As autoridades identificaram, até o momento, um montante de mais de 200 milhões de reais efetivamente lavados. 

Segundo a PF, a ocultação do dinheiro desviado ilicitamente era feita por meio de transações imobiliárias fraudulentas, contratos de gaveta e manobras fiscais ilegais dentre os quais a compra de fazendas e de grandes quantidades de gado. Parte do valor teve por destino a formação de caixa dois para campanhas realizadas no Estado. 

Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva, fraudes à licitação e organização criminosa. 

Reis do Gado 

O nome da operação “Reis do gado” foi dado em razão dos principais investigados serem grandes pecuaristas no Estado do Pará e o gado era a destinação de grande parte do dinheiro desviado, onde se operava verdadeira lavagem de dinheiro.