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Polí­tica

Depois de informar, na edição de sábado, 22, que o codinome “Acelerado”, que aparece em documentos da empesa Odebrecht entregues na Operação Lava Jato, estaria ligado ao deputado estadual tocantinense Eduardo Siqueira Campos (PSDB), o Jornal Nacional, da Rede Globo, voltou ao assunto nessa segunda-feira, 24, informando, desta vez, que uma nova delação atribui o codinome a outra pessoa: Aloísio Teles, ex-gerente da área internacional da Odebrecht.

A delação trata de repasses que teriam sido feitos pela empresa ao PMDB e PT e, conforme a reportagem de sábado, o codinome Acelerado teria recebido os maiores repasses. Uma planilha da empresa aponta registros de 70 pagamentos, listando valores que vão de US$ 256 mil a US$ 3 milhões. Ao todo, os dois partidos teriam recebido US$ 65 milhões. Destes, o codinome Acelerado teria recebido US$ 24,750 milhões. O documento, entregue pelo delator Benedito Júnior, associava o codinome a Eduardo Siqueira, mas outro delator, Rogério Araújo, diz que o Acelerado seria Aloísio Teles.

Em nota, deputado Eduardo Siqueira Campos afirmou que recebeu com indignação a sua citação em reportagem do Jornal Nacional na noite de sábado, 22, e afirmou considerar  um erro grave de apuração de informação, a inclusão de seu nome. “Já foi comprovado que alguns codinomes estão relacionados a mais de uma pessoa. E sem uma afirmação objetiva de quem pagou pelos valores citados, não é possível a reportagem decretar que esse pagamento foi feito a Eduardo Siqueira Campos”.

A nota também lembra que Eduardo nunca foi filiado ao PT ou ao PMDB. “Pelo contrário, sempre trilhou sua carreira política em oposição a essas siglas.  Também não fez parte de sua atuação política qualquer relação com obras do PAC. Também surpreende a ligação do deputado Eduardo Siqueira Campos a um valor de US$ 24 milhões de dólares, sendo que jamais o hoje deputado estadual teve qualquer ligação política com cúpula do PT e do PMDB e no período em questão, 2010 a 2012, sequer mandato tinha”, argumenta.