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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O deputado Stalin Bucar (PPS) continua articulando no sentido de cobrar do Estado ações e informações quanto aos desaparecimentos de pessoas no Tocantins. Em entrevista ao Conexão Tocantins nesta segunda-feira, 29, o parlamentar reafirmou o anseio em instalar na Assembleia Legislativa uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Desaparecimento de Pessoas com o intuito de convocar autoridades da segurança pública para prestarem esclarecimentos. 

O deputado disse que irá conversar com os demais deputados para saber o ponto de vista deles sobre a CPI. "Essa semana vou conversar com os deputados, a partir de terça-feira na sessão, para ver o ponto de vista deles, mas a intenção é propor uma CPI porque ela tem condições de convocar pessoas para ouvir, é um instrumento jurídico que a Assembleia tem para poder aprofundar investigações e é o único meio que a gente tem para saber realmente o que está acontecendo. Pretendo propor essa CPI, essa semana, inclusive", disse o parlamentar. 

Bucar precisa obter oito assinaturas para ter legitimidade e poder encaminhar a proposta de CPI para ser votada em plenário. 

No dia 4 deste mês ocorreu, a pedido de Stalin, uma audiência pública na Casa para discussão sobre os desaparecimentos de pessoas no Estado. Logo após essa audiência o deputado encaminhou ofício, um para a delegada de Proteção a Criança e ao Adolescente, Maria Ribeiro de Souza Neta e um requerimento solicitando informações à Secretaria Estadual de Segurança Pública cobrando informações sobre pessoas desaparecidas, especialmente sobre o desaparecimento da menina Laura Vitória Oliveira, criança palmense desaparecida desde 9 de janeiro de 2016. "Ainda não tive retorno. Essa semana vou ver o que vão me dar de informação", informou Stalin. Segundo ele, a falta de informações por parte da segurança pública do Tocantins pode intensificar a instalação de uma CPI. 

Irmão desaparecido 

Durante a reunião da Comissão de Segurança Pública dia 19 na AL/TO, o deputado Stalin Bucar informou que sua família já sabe, por meio de investigações conduzidas por meios próprios, quem foi o mandante e quem foi o executor do assassinato de Rejânio Gomes Bucar, irmão de Stalin, desaparecido desde o mês de dezembro de 2016. 

Bucar deu detalhes da investigação conduzida pela família, informou as motivações e, inclusive, quanto teria custado o crime. Segundo o deputado, o mandante teria pago R$ 5 mil para que o pistoleiro assassinasse seu irmão, em decorrência de uma dívida de R$ 150 mil que o mandante teria com Rejânio. 

Hoje ao Conexão Tocantins, Bucar disse que todas as informações coletadas foram repassadas ao delegado responsável pela investigação do caso, delegado Vinicius. "Nós passamos as informações, temos suspeitos, mas não temos provas e aí o delegado é que tem que se aprofundar para poder pedir a prisão", informou o deputado, 

Segundo Stalin, o delegado tem solicitado ao juiz senteças para poder aprofundar no caso, porém, o juiz tem negado. "Ele tem pedido ao juiz sentenças para poder aprofundar nessa situação e parece que o juiz tem negado e essa situação é que está dificultando os esclarecimentos desse crime que nós entendemos que precisa ser esclarecido. É uma situação complicada!", disse o parlamentar. 

"É uma situação muito ruim para a gente e a gente queria que realmente a justiça fosse feita, que o pessoal fosse preso, acho que é a função da delegacia. Estamos cobrando, insistindo!", frisou Stalin Bucar. 

SSP/TO

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) informou que as investigações a respeito de desaparecimento de Rejânio Gomes Bucar estão sendo realizadas pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais Complexas (Deic) e sob sigilo. A pasta esclareceu que todas as informações repassadas por familiares e demais testemunhas foram devidamente investigadas e todas as medidas policiais providenciadas no sentido de elucidar o caso.

 (Matéria atualizada às 08h34min de 30/05/17)