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Polí­tica

Foto: Divulgação

Pré-candidato ao Governo do Tocantins pelo Partido do Trabalhadores (PT), o deputado estadual Paulo Mourão esteve nesta última sexta-feira, dia 1º novembro, em Augustinópolis, extremo norte do Tocantins, dando continuidade à agenda “Brasil e o Tocantins que o Povo Quer”, ocasião em que lembrou dos avanços sociais que o país conquistou nos dois mandatos do ex-presidente Lula, sendo que hoje a população regrediu nesse aspecto. “Precisamos discutir por que as injustiças sociais voltaram a ser tema agravante no Brasil”, ponderou.

Mourão mencionou que só nos quatro primeiros anos do mandato do ex-presidente Lula, 40 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza, ascendendo das classes C e D para as classes A e B. “No governo da ex-presidente Dilma o País manteve o crescimento”, destacou ele ao afirmar que só há uma forma de aumentar a renda das pessoas, “é quando se aumenta o Produto Interno Bruto (PIB)”, completou.

Outro dado apresentado pelo pré-candidato a governador foi o índice de desemprego que “na era Lula/Dilma não passou de 4,5%, sendo que abaixo de 5% é considerado zero, atualmente foi a 13% e agora está em 12,4%, segundo o IBGE, o que equivale a cerca de 12,4 milhões de desempregados”, pontuou Mourão. “De 88,9 milhões de brasileiros com renda, 44% ganham menos de um salário mínimo”, citou. Ainda falando em desigualdade social, o pré-candidato ao Governo do Tocantins citou que de 30 mil jovens assassinados por ano no Brasil, 77% são negros.

“Não tem como falar em conquistas sociais se não falar em educação, senão estarão comprometidos os direitos humanos à saúde, à moradia, à segurança”, afirmou. Partindo para a realidade local, Paulo Mourão incitou os participantes a discutir o que fazer para desenvolver a região do Bico do Papagaio, a partir do desenvolvimento do PIB local. “As políticas colonialistas não desenvolveram o Tocantins nesses 29 anos, as pessoas se amarram em pedir estradas asfaltadas, como se estradas fizessem inclusão social, são elementos estruturantes de desenvolvimento, mas o desenvolvimento passa em primeiro momento por políticas públicas amparadoras e indutoras de desenvolvimento, e a política principal é a educação”, garantiu. “A segunda política pública principal é o ordenamento produtivo, pegar todas as comunidades produtivas dos assentamentos rurais e organizá-las”, apontou.

Paulo Mourão sugeriu que a comunidade local se organize para fortalecer a cultura do babaçu e se posicionou contra o projeto de lei do deputado José Bonifácio (PR), que quer permitir a queima do babaçu in natura. “Se o babaçu está apodrecendo é porque não estão permitindo as quebradeiras de coco ter acesso aos babaçuais para fazer a coleta”, considerou. “E como é que é se vai permitir tocar fogo no coco in natura para vender o carvão, se vai perder o mesocarpo e o fruto, o que é um desrespeito às leis”, pontuou. “Isso pode causar um prejuízo grande à região, temos que fazer o contrário, estimular empresas grandes como a Tobasa para fazer da cultura do babaçu uma cultura economicamente ativa, geradora do equilíbrio econômico da região”, defendeu.

Mourão foi mais além, disse que caso a proposta vigore vai causar um impacto ambiental desmedido. “Isso ocorrendo a soja vai entrar na região e onde a soja entrou estamos tendo problema com a falta d´água, como nos rios Tocantins, Javaés, Formoso, Riozinho, Urubu, Xavante,  Pium; temos problema em Miracema, no rio Providência, para abastecer a cidade, problema com abastecimento de águam em Paraíso, em Porto Nacional (Ribeirão São João), já temos problema em Palmas (Taqurarussu Grande) tudo isso pelo desmatamento desordenado”, declarou Mourão. “Eu não sou contra a produção da soja, eu sou a favor é do desenvolvimento sustentável, então nós temos que preservar as nascentes, estimular as matas ciliares a não serem tocadas”, ressaltou.

Paulo Mourão também falou que o desenvolvimento da região do Bico do Papagaio passa pelo incentivo à política da territorialidade, uma vez que há um contínuo fluxo migratório da zona rural para a zona urbana.

Sobre a plataforma “Brasil e o Tocantins que o Povo Quer”, o pré-candidato entende que é preciso estimular a população a repensar o Brasil, bem como a importância de compartilhar com mais pessoas, não só com os militantes do PT, as propostas de Lula. “O Brasil precisa inovar em primeiro momento a fórmula de discutir política e esta fórmula e tem que vir para a base popular”, sustentou.

A reunião em Augustinópolis contou com a participação de militantes de mais dez municípios: Sampaio, Buriti, Araguatins, São Miguel, Esperantina, São Bento, Cachoerinha, Axixá do Tocantins, Ananás e Praia norte. O evento de apresentação da plataforma contou com a presença do presidente do PT, deputado Zé Roberto e do suplente de senador, Donizete Nogueira, além de lideranças municipais, presidentes e secretários da sigla das regionais. Neste sábado, a partir das 16h, foi a vez do evento em Araguaína, na Câmara Municipal; e no domingo, dia 3, será em Guaraí, na Câmara Municipal, a partir das 9h30.