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Polí­tica

Foto: Adenauer Cunha

A senadora Kátia Abreu (PDT) recebeu na noite desta segunda-feira, 16, jornalistas em sua residência na capital para uma reunião com a categoria. O encontro foi convocado pela própria senadora. Pré-candidata ao governo do estado, Kátia disse que reuniu a classe para ouvir propostas dos jornalistas em atuação no Tocantins. Segundo ela, as contribuições farão parte de seu projeto de governo.

Em pré-campanha desde o ano passado a senadora disse que já percorreu dezenas de municípios do interior do estado em encontros e reuniões semelhantes a desta segunda-feira. Segundo ela, o objetivo é o mesmo, ouvir as comunidades, trabalhadores e entidades organizadas para “formatar o plano de governo.”

No encontro jornalistas dos diversos segmentos profissionais puderam falar, expor ideias, opiniões e dar sugestões. Os profissionais que trabalham nas assessorias de comunicação do governo falaram a mesma língua: o cumprimento da jornada de 25 horas semanais de trabalho e plano de carreira próprio da categoria. Atualmente estes profissionais são vinculados ao Quadro Geral do Estado e cumprem 40 horas de trabalho por semana.

Já os profissionais que atuam nos veículos e meios de comunicação falaram sobre o estreitamento de relações entre as assessorias do governo e respeito ao trabalho dos profissionais da comunicação. A realização de concursos foi outra demanda apontada.

Após ouvir os convidados, Kátia Abreu agradeceu e, na certeza de que suas palavras seriam publicadas no dia seguinte, aproveitou a audiência para comentar a atual situação do estado do Tocantins.

Sem mencionar o provável afastamento novamente de Marcelo Miranda do cargo nesta terça-feira, 17 - em virtude do julgamento dos embargos declaratórios no TSE - Kátia falou sobre corrupção. “Ninguém aguenta mais corrupção. A corrupção tá cafona, tá fora de moda, tá démodé, como se dizia na minha época.” Disse, fazendo parecer que a grave falta de moral e lisura que afeta a política brasileira é mais um problema de tendência de moda que de mau-caratismo e bandidagem.

As críticas foram além. Sempre muito astuta e cuidadosa com cada palavra, a senadora categorizou indiretamente a administração pública estadual como ineficiente. Em suas próprias palavras “o Tocantins está em dificuldades, mas se continuar a fazer desaforo com o dinheiro público não vai pra frente (...) A ineficiência não é uma doença apenas do poder público, na iniciativa privada também, mas lá, onde o dinheiro é difícil, é ter competência ou quebrar. No poder público não, ela [a ineficiência] é encoberta (...) não dá mais pra fazer o governo do improviso.” Só para citar algumas das máximas proferidas pela senadora na última noite.

Sem apresentar propostas - já que, por ora, é proibida pela lei eleitoral - Kátia Abreu comentou ainda sobre saúde, educação e segurança pública, sempre apontando falhas e onde, segundo ela, é possível melhorar. 

Na plateia um observador mais atento podia notar acenos de cabeça positivos de alguns dos jornalistas presentes, palmas de outros mais entusiasmados e anotações precisas de colegas mais contidos que foram ali mais em busca de uma notícia que de cerveja e arroz Maria Isabel, que foi como terminou a noite.