O vice-prefeito de Novo Acordo, Leto Moura Leitão Filho (Letim Leitão), foi preso na tarde desta quinta-feira, 10, acusado de ter encomendando a morte do prefeito da cidade, Elson Lino de Aguiar (MDB), que foi baleado dentro de casa nessa última quarta-feira, por um homem que fugiu de moto com seu comparsa. O prefeito levou três tiros mas sobreviveu ao atentado e está internado no Hospital Geral de Palmas (HGP).
Segundo informação do delegado da Polícia Civil, Leandro Risi, o vice-prefeito, antes de ser preso, ainda teria novamente encomendado a morte do prefeito e desta feita teria oferecido R$ 20 mil ao pistoleiro para que a morte do prefeito fosse consumada tão logo ele deixasse o hospital. Sendo este valor o dobro do valor de R$ 10 mil que teria sido combinado no atentado da última quarta-feira. "Quando viram que o prefeito não tinha morrido, ele prometeu então R$ 20 mil para que eles voltassem e terminassem a tarefa após ele sair do hospital", disse o delegado.
Risi informou em entrevista à TV Anhanguera que o primeiro atentando foi encomendado ainda em 2018 e os pistoleiros não chegaram a concretizar uma primeira tentativa porque tiveram problemas com a polícia antes.
Segundo o delegado, a motivação do crime teria sido por conflitos na distribuição de propinas em uma divisão de recursos advindos de fraudes em licitações na Prefeitura de Novo Acordo.
Leto Moura nega as acusações segundo reportagem do G1 Tocantins e diz que vai provar sua inocência. Já a defesa do prefeito baleado repudiou a acusação de que haveria um esquema de propina e, por meio de nota, afirmou que o gestor jamais permitiu qualquer tipo de ato ilícito durante o seu mandato, nunca permitindo que se efetivasse qualquer pagamento a fornecedor sem processo licitatório devidamente formalizado.
Os envolvidos no atentado ao prefeito presos nesta quinta-feira são três: Leto Moura Leitão Filho, Paulo Henrique Sousa e Gustavo Araújo da Silva, que seria o autor dos disparos e pertenceria a uma facção criminosa. (Atualizada às 10h do dia 11-01-19)
