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Saúde

Foto: Divulgação

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A depressão atinge cerca de 350 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse percentual é 18% maior do que o registrado há dez anos, o que significa que a saúde mental da população tem piorado com o passar do tempo. Só no Brasil, 7,5% das pessoas têm a doença. Os dados, que já são muito preocupantes, tornam-se ainda mais graves quando se avalia os impactos do adoecimento mental no restante do corpo.

A saúde do coração, por exemplo, pode ser bastante afetada pela depressão que, se não tratada, pode acabar tendo graves consequências. Isso ocorre porque a pessoa que sofre com essa doença tem reações inflamatórias por causa do aumento dos níveis de cortisol, hormônio do estresse. Com a inflamação, formam-se placas nos vasos sanguíneos, que podem resultar em um infarto e também AVC ou trombose, entre outros problemas.

Para o cardiologista, Dr. Henrique Furtado, a depressão precisa ser tratada como um fator de risco para as doenças do coração. “A predisposição do paciente depressivo a desenvolver uma doença cardíaca ainda aumenta se associarmos isso a outros fatores como a alimentação inadequada, o sono desregulado e o estresse, que ainda acelera os batimentos cardíacos”, explica o médico.

O cardiologista ainda alerta para o estigma que a depressão tem e como isso pode ser prejudicial. “Mesmo já se sabendo há anos que a depressão é o mal do século, muita gente ainda não entende que se trata de uma doença e menospreza os sintomas da pessoa doente, em vez de incentivar que ela busque ajuda”, afirma. Segundo ele, para que o coração funcione bem, a mente precisa estar em dia, por isso a importância da campanha “Janeiro Branco”, que conscientiza as pessoas sobre a saúde mental. (Precisa AI)