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Saúde

Foto: Divulgação Precisa/AI

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Mais de 2.500 pessoas morreram em decorrência de acidentes de trabalho, no Brasil, só no ano passado. Os dados são do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e foram disponibilizados pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Segundo a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), morrem, em média, sete brasileiros por dia vítimas de acidentes de trabalho. Outra informação preocupante é sobre o local onde mais se registra acidentes de trabalho: os hospitais.

Um levantamento do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Organização Internacional do Trabalho e de outros órgãos do governo federal, aponta que, em 2022, o setor de atendimento hospitalar registrou o maior número de acidentes laborais, com 55.697 registros. Já a profissão mais citada nas notificações de acidentes de trabalho foi a de técnico de enfermagem, com 36.532 casos.

Ainda segundo os dados do MPT, o terceiro agente causador mais presente nas ocorrências relacionadas aos acidentes no local de serviço é o contato com pessoas doentes ou materiais infectocontagiantes, com 23.521 notificações. É por isso que é tão comum que os técnicos de enfermagem passem por esse tipo de situação, já que esses profissionais trabalham expostos a fatores biológicos, físicos, químicos e com contato constante com materiais perfurocortantes. No meio dessa realidade, a Central de Material e Esterilização (CME) do maior hospital público do Tocantins tem se destacado quando o assunto é segurança do trabalho.

Até agora, em 2023, apenas um colaborador da CME sofreu acidente de trabalho e o profissional precisou se afastar por apenas um dia. Já em todo o ano passado foram só três afastamentos. Os números são resultado das medidas de segurança adotadas. Em todos os plantões é realizado o Diálogo Diário de Segurança (DDS) com duração de 30 minutos onde são repassadas as orientações necessárias para execução das atividades de uma maneira segura, para que possam exercer as atividades seguindo os padrões de qualidade da empresa e os procedimentos corretos para manuseio dos equipamentos.

Para o diretor de operações da Bioplus, Sérgio Pacheco, os números provam que as medidas de segurança adotadas na unidade têm trazido bons resultados. "Nós fazemos o revezamento de profissionais entre os setores para evitar que o funcionário fique exposto tempo demais, implantamos uma rotina de alongamentos no início e no fim da jornada de trabalho, realizamos treinamentos frequentemente e exigimos o uso constante e adequado dos EPIs", conta. Segundo ele, a segurança dos profissionais é a prioridade da gestão. (Precisa/AI)