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Campo

Foto: Divulgação Ruraltins

Foto: Divulgação Ruraltins

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins) realizou na manhã desta terça-feira, 5, por meio do convênio Oportunidade nº 839847-2016 - MDA – Ruraltins – ATER, o dia de campo sobre cultivo de mandioca de mesa.

O evento que ocorreu na fazenda Sansão e Dalila, município de Tocantínia, localizado a 84,9 km da capital Palmas, teve como objetivo capacitar produtores da região sobre o cultivo irrigado de mandioca de mesa.

Além disso, produtores vizinhos que estiveram no encontro também trocaram experiências sobre as técnicas de plantio utilizadas.

O senhor Antônio de Barba, que reside no município, é vizinho e era pecuarista, agora tornou-se produtor de mandioca de mesa, que para ele o retorno é muito bom. “Eu migrei minha atividade para cultivo de mandioca, e já iniciei com a mandioca irrigada porque tem a vantagem de crescer mais no calor da terra. Eu faço o espaçamento mensal, para todo mês plantar um quarto de hectare, já que forneço o produto in natura e assim ter mandioca o ano inteiro”, disse o produtor.

O técnico agrícola Raulino Noleto de Moura, acompanha o produtor com assistência técnica, participou como palestrante e interagiu com o engenheiro agrônomo do Ruraltins, Saint Hunter Silva Marden. Raulino explicou sobre as vantagens da irrigação no cultivo da mandioca. “A irrigação da mandioca, no caso a de mesa que temos aqui é importante porque no Cerrado independente das variedades, tem certa época do ano, “aqui chamamos verão”, que a mandioca está escaldada, ou seja, perde o amido e não cozinha, fica ensoada, então a irrigação mantem a umidade no solo, no terreno arenoso e possibilita a colheita em qualquer época do ano, e a mandioca cozinhará, essa é a vantagem da irrigação para a mandioca de mesa. Já a mandioca de indústria por ter o ciclo anual, de inverno a inverno, não há necessidade de turno de rega”, explicou o técnico.

O engenheiro agrônomo do Ruraltins, Saint Hunter, que realizou palestra sobre preparo do solo, plantio e adubação, controle de pragas e doenças, explicou em campo aos participantes sobre a necessidade de irrigação ao tipo de solo, e  manejo de pragas. “O tempo para irrigar o plantio poderá ser verificado observando o solo. O teste da botina é muito usado pra saber se o solo está úmido, também depende do tipo de solo, realizar contagem do tempo, quando fizer a primeira irrigação e verificar umidade, a partir daí saber a necessidade de irrigar novamente. Quanto a escolha de sementes saudáveis, é importante observar se a maniva está com o miolo amarelo, e descartar caso esteja” ressaltou Saint.

Os técnicos apresentaram ainda a plantadeira utilizada na área de 1(um) hectare de mandioca, e Raulino destacou que a plantadeira fornecida pela Prefeitura em parceria com o Ruraltins, é extremamente relevante na economia de tempo, para atender áreas maiores. "No entanto o ponto negativo é que a máquina aceita apenas mandioca com haste linheira para realizar o plantio”, disse Raulino.

O produtor Edinei Silva Reis, responsável pelo projeto disse que esse é o seu primeiro plantio e que optou pela modalidade devido a procura no mercado. “Nós vimos a oportunidade de pegar o melhor preço e aumentar a renda. Acreditamos e fizemos o investimento porque vimos o mercado e já temos os clientes que iremos repassar nosso produto”, destacou Edinei.

(Foto: Divulgação Ruraltins)