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Ciência & Tecnologia

Foto: Koró Rocha

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Os representantes das empresas de telefonia celular Claro, TIM, Brasil Telecom e Vivo participaram, nesta terça-feira, dia 18, de uma reunião da Comissão de Administração, Trabalho, Defesa do Consumidor, Transportes e Desenvolvimento Urbano e Serviço Público, presidida pelo deputado Sandoval Cardoso (PMDB). O objetivo foi demonstrar o plano de expansão das operadoras para a cobertura de todo o Estado até 2010. A reunião aconteceu em decorrência de um requerimento do parlamentar Raimundo Moreira (PSDB) que focou a questão, principalmente, na região do Bico do Papagaio.

Assuntos como a concessão do serviço público e as conseqüências econômicas geradas foram debatidos. O parlamentar Amélio Cayres (PR) ressaltou que a falta da telefonia móvel causa prejuízos tanto para a população em geral quanto para o comércio, já que muitos negócios são fechados com o uso do telefone celular. “Não se justifica que, no século XXI, haja cidades que não disponham do uso de celular”, lamentou Cayres. Moreira reclamou das dificuldades de comunicação, mesmo nas cidades localizadas às margens da BR-153 e Sandoval Cardoso quis saber sobre os critérios estabelecidos para que a cobertura seja feita. No Tocantins, somente 36 cidades contam com telefonia móvel.

O representante da Vivo, Marcio Rattes, informou que uma das principais dificuldades se refere ao custo de implantação. Ele disse que as despesas variam de 400 mil a um milhão de reais e que, muitas vezes, a telefonia celular se utiliza da infra-estrutura da telefonia fixa. Ele assegurou que, até 2010, a operadora deve implantar telefonia móvel em mais 36 cidades.

Rodrigo Morgado, representante da Claro, informou que, neste mesmo período, a concessionária deve prestar serviço para 24 cidades do Tocantins. Porém, Morgado não quis adiantar o prazo de abrangência da cobertura. “Não adianta falar em expansão de cobertura se não for com qualidade”, disse.

Já o gerente regional da TIM, Marcelo Costa, salientou que, em muitos casos, o que dificulta é a linha de transmissão das cidades chegar à central que fica na Capital, onde o sinal pode ser enviado para o globo todo. “Ninguém quer um celular para falar com o vizinho, quer falar com o mundo”, enfatizou.

A Brasil Telecom que tem como gerente comercial, Josenir Barbosa, esclareceu que o atendimento das solicitações, inclusive as feitas pelos deputados, tem como prioridade atingir os locais, onde houver maior quantidade de pessoas. Ele explicou também sobre as dificuldades de conseguir licenças para instalação e operação. A geografia também impede, segundo ele, que municípios próximos possam ser atendidos com uma só torre, aumentando os gastos com estrutura física. “Muitas vezes, os municípios têm população pequena, com pouca viabilidade econômica para a empresa”, lembrou.

O deputado Raimundo Moreira ficou satisfeito com as respostas e alertou que, apesar das operadoras terem se proposto a realizar a cobertura de todo o Estado até 2010, deve existir a concorrência para que o direito de escolha do consumidor seja respeitado. Amélio Cayres endossou as palavras de Moreira, acrescentando que “o comparecimento dos responsáveis pelas operadoras mudou a impressão que tinha quanto à prestação dos serviços”. Ao final, Sandoval sintetizou o sentimento geral, dizendo que a intenção é ter as empresas como parceiras. “Nós podemos e queremos ajudar”, concluiu.

Fonte: Everton Almeida