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Cultura

Foto: Manoel Lima

Direto da Paraíba, o escritor, poeta, jornalista e membro da Academia Paraibana de Letras, Hildeberto Barbosa Filho, desembarcou no Café Literário, na noite desta quarta-feira, 27, na Flit - Feira Literária Internacional do Tocantins. Em sua apresentação, Hildeberto destacou a participação efetiva das academias literárias nos eventos culturais, elogiando a organização da Flit pela integração com as Academias de Letras.

“A academia de letras é um portal de entrada nas culturas de suas regiões. É necessário encontros destes para saber que na Paraíba, Piauí, Tocantins, dentre outros estados, existem bons escritores”, acrescentou o poeta.

Hildeberto se disse ainda surpreso com a homenagem da feira ao poeta paraibano Augusto dos Anjos. Aproveitando o ensejo, comentou as características das obras do homenageado, descrevendo o trabalho como poesias que desenvolviam atitudes de choque, tanto por parte do leitor e do crítico literário. “Ele não era amargo e nem pessimista, apesar de melancólico. Ao falar dos sentimentos, das emoções estéticas, ele conseguia se colocar no lugar do outro. A dimensão transcendental da vida se cristaliza em suas obras”, destacou.

A mesa-redonda contou com a participação da platéia, por meio de perguntas, e do escritor e médico, Odir Rocha, presidente da Academia Palmense de Letras. Odir fez considerações a respeito do trabalho dos tocantinenses ao fim da apresentação.

Pelo Café Literário passou, também, a professora e pesquisadora, presidente da Fundação Cultural de Palmas, Kátia Maia, para relançar a obra Caminhos que andam: o Rio Tocantins e a navegação fluvial. A obra havia sido lançada em 2009, mas, segundo a doutora em História, encontrou dificuldades para a colocação no mercado e venda e , por isso, o relançamento. “O livro tem sua importância história para o Tocantins, inclusive servindo com fontes bibliográficas, sendo um caminho seguro para os pesquisadores”, disse.

Poesia

“Haja paciência, pneu e gasolina para tanta rotatória e falta de esquina”. A poesia é de Antônio Rezende referindo-se à Capital. O poeta e jornalista, também, foi uma das atrações do Café Literário, na noite desta quarta-feira, na Flit. Com poemas de autores renomados e de sua autoria, sua apresentação garantiu ar de descontração ao espaço. Rezende é autor do livro de poesias Acerto de Contas, de 2007.

Cerrado

Encerrando o terceiro dia de apresentações no Café Literário, o professor e escritor membro da Academia Palmense de Letras, Junio Batista do Nascimento, proferiu palestra Cerrado – Nosso bioma, nossa natureza.

Com quatro livros publicados, o professor descreveu o bioma, falou sobre suas características e os principais problemas enfrentados, como o desmatamento, que cresceu 6,3% nos últimos seis anos. “O Cerrado está presente em 12 estados, correspondendo a uma área de 24% do território brasileiro. O Tocantins tem 87% de vegetação deste tipo”, enumerou.

Junio Batista conclamou a todos a passarem a discutir a preservação do bioma. “Agora, é a hora de se debater o Cerrado, ele é a bola da vez”,arrematou.

(Ascom Seduc)