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Campo

Uma equipe da Superintendência de Irrigação e Drenagem da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário – nesta terça-feira, dia 1º, foi até a Escola Municipal Ercina Monteiro Pereira, no projeto pólo de Fruticultura Irrigada São João, na TO 050. A visita foi marcada para que os gestores ouvissem dos produtores os impedimentos para adesão ao projeto de Fruticultura Irrigada. Cerca de 50 produtores rurais participaram do encontro, que começou às 19h e seguiu até às 22h, e enumeraram demandas e também tiraram suas dúvidas sobre o projeto.

Segundo o superintendente de Irrigação e Drenagem, Valmir Fortuna, todas as dificuldades e problemas citados pelos produtores foram anotados e serão tomadas as providências cabíveis para que sejam solucionados e não atrapalhem o projeto. “Falta somente três por cento do projeto para ser concluído e acreditamos que logo que isso aconteça, o Projeto de Fruticultura vai deslanchar na região, melhorando a qualidade de vida das pessoas e desenvolvendo a economia”, explicou Fortuna.

Desenvolvimento que já chegou para a produtora Maria Sousa, que planta hortaliças no sistema mandala irrigada e já complementa a renda da família com a produção. “Antes eu vendia para os vizinhos, agora a produção aumentou e estou comercializando na feira e em supermercados. Melhorou bastante com a irrigação”, disse a produtora, que está trabalhando com irrigação há três meses.

Maria é uma das nove pessoas que aderiram ao projeto de irrigação no setor SJ 04 do Pólo de Fruticultura, o primeiro a ser implantado no Assentamento São João. Somente no setor SJ-04 existem 76 lotes que podem ser irrigados.

De acordo com a socióloga da Seagro, Eliane Debetio, falta muita informação e principalmente organização por parte dos agricultores para que a comunidade se desenvolva plenamente. “Em várias regiões do País, percebemos que falta capacitação de gestão de pessoas. São pessoas carentes, mas não de riquezas, e sim de informação”, disse a socióloga.

Projeto

A proposta é captar água do reservatório da UHE Luís Eduardo Magalhães e distribuí-la pelo projeto dividido em mais de 300 lotes, desenvolvendo a fruticultura e melhorando a qualidade de vida dos produtores. Para isso, foram construídos por meio de convênio com o Ministério da Integração Social, estações de água, canais e ainda várias tomadas para puxar a água para o campo. O Governo Federal e o Estadual financiam toda a infra-estrutura necessária, de responsabilidade da EIT Engenharia, e custeia a assistência técnica, fornecida pela empresa Ecoplan. Os produtores, depois de um ano de carência, ficam responsáveis pelo pagamento de pequenas taxas, conhecidas como K1 (infra-estrutura) e K2 (tarifa de água). Este dinheiro manterá parte do projeto, que funciona como um condomínio. (Ascom Seagro)