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Polí­tica

Depois de assinarem nota em que ameaçam os deputados estaduais caso aprovem os projetos de lei de autoria do governo que alteram o estatuto e a estrutura da Polícia Militar, o cabo Geovane Alves dos Santos (presidente da Associação dos Policiais e Bombeiros), o major Chaves do Vale (presidente da Associação de Cabos e Soldados) e o soldado Jan Carles Nogueira de Souza (assessor jurídico das duas entidades) já estão com ordem de prisão expedida pelo Comando Geral da PM, por crime de coação e ameaça.

A ordem partiu do Comando Geral da PM depois que os três policiais assinaram nota lida na manhã desta terça-feira, na qual as associações consideram os deputados personas non gratas á corporação. Além disso, as associações alegam que “a presença de um sujeito (...) em um local que o tem como não agradável ou não bem-vindo se dá por conta e risco. Ou seja, caso seja declarado não bem vindo, o Parlamentar será o único responsável pelo que possa ocorrer com ele nos Quartéis militares. E não poderá reclamar depois!”, diz a nota.

A medida dos policiais gerou reação instantânea no parlamento que se posicionou quase que unanimemente contrário à nota enviada pelos presidentes das associações. Ainda de manhã, o deputado José Bonifácio, o mais contundente dos parlamentares na ocasião, usou de tom de voz elevado para mandar um recado aos policiais que ameaçaram o parlamento. “Vocês não são policiais. São bandidos travestidos com fardamento da Polícia”, atacou.

Já na parte da tarde, as demais associações de policiais militares emitiram nota de repúdio aos presidentes das duas associações já citadas. De acordo com a nota emitida pelos outros policiais, a ação de Chaves, Govane e Jan Carles foi isolada e não representa o sentimento de toda a corporação. “Repudiamos veementemente aquela atitude do Cb Geovane, Maj Chaves e Sd Jan Carles, haja vista que em todas as reuniões sempre pautamos pela transparência e respeito ao próximo”.