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Cultura

Durante o mês setembro, o Cine Sem Tela traz uma programação focada no Meio Ambiente, com filmes e documentários que apresentam questões cruciais e necessárias para a reflexão sobre os problemas ambientais que enfrenta nosso planeta. As exibições acontecem no Quiosque do Gaúcho, na Praça da 110 Sul, às 20h15, com apresentação de curtas-metragens, seguindo às 20h30, com o longa metragem da semana, e contará com o apoio do Coletivo Jovem de Meio Ambiente do Tocantins.

A primeira sessão do mês de setembro no domingo, 2, o Cine Sem Tela exibirá o filme “Santuário dos Pajés não se move”. O filme se passa no Distrito Federal, e relata um dos casos mais emblemáticos da atualidade sobre a luta pela preservação da cultura e do meio ambiente e da cultura indígena. Onde, para a construção do setor Noroeste o governo quer retirar a comunidade de um território que se tornou um Centro Cerimonial e Espiritual Indígena de representatividade mundial preservando a tradição ancestral dos pajés.

No debate que será realizado depois da exibição do filme contaremos com a presença de Narúbia Werreria que foi coordenadora de Cultura Indígena da Secretaria da Cultura do Estado do Tocantins e é atualmente conselheira de Cultura Indígena do Estado, além da presença de jovens indígenas de várias etnias.

O Santuário dos Pajés é uma área de uso tradicional indígena ancestral Macro-Jê retomada e fundada pela pioneira e candanga Comunidade Tapuya desde o ano de 1957. O Santuário dos Pajés além da abrigar a tradição, os costumes e a cultura da comunidade Tapuya/Fulni-Ô se tornou um Centro Cerimonial e Espiritual Indígena, ponto de referência cultural e espiritual de vários indígenas e de simpatizantes da espiritualidade indígena do Brasil e da América do Sul através de intercâmbios culturais.

A Terra Indígena do Santuário dos Tapuyas está situada na reserva Bananal do bioma do cerrado onde se mantém por muito tempo a tradição ancestral dos pajés, o conhecimentos dos poderes terapêuticos das plantas medicinais, se tornando uma reserva de vida e de contato com a natureza para as futuras gerações.

No dia 9, será exibido o filme “Conflitos das Águas” (Even the Rain), estrelado por Gael García Bernal e com direção de Icíar Bollaín. A história se passa em Cochabamba, na Bolívia, e mostra o trabalho de uma equipe espanhola que vai rodar um filme na região e que esbarra no contexto de uma população que enfrenta o governo, devido ao uso da água, após a eclosão de uma rebelião civil. A frase emblemática do filme é “muitos querem mudar o mundo mas poucos querem mudar a si mesmo”, vale a pena conferir.

Dia 16, o Cine Sem Tela traz para o debate um tema que tem preocupado os brasileiros. A construção da maior obra de engenharia do país na atualidade, Belo Monte. Com direção de André D'Elia, o documentário “Belo Monte, Anúncio de uma Guerra”, traz depoimentos a favor e contra Belo Monte apontam para um desastre do ponto de vista ambiental.

“Veneno está na mesa” é o quarto filme da programação, dirigido pelo cineasta brasileiro Silvio Tendler, o filme faz parte da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, e alerta sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos na agricultura brasileira. Após a exibição do filme, no dia 23, será realizado um debate coordenado pelo Coletivo Jovem de Meio Ambiente e  recolhidas assinaturas para o abaixo assinado da Campanha.

O filme que fecha a programação do mês de setembro, no dia 30, é “Verdade Inconveniente”, do diretor Davis Guggenheim, que traz uma análise da questão do aquecimento global. (Ascom)