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Palmas

Foto: Divulgação

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Passados os transtornos iniciais na prestação de serviços da empresa Terra Clean, contratada para a limpeza urbana da capital o presidente do Sindicato dos Empregados em empresas de Aceio, conservação pública e urbana do Tocantins, Eliseu Geraldo de Melo avaliou ao Conexão Tocantins que a situação foi normalizada e que os trabalhadores estão satisfeitos com a empresa.

Atualmente 240 servidores trabalham no quadro funcional da Terra Clean, todos filiados ao Sindicato. Melo relembrou as primeiras semanas de atuação da empresa na coleta de lixo na cidade, logo após a saída da Litucera, e frisou que os trabalhadores passaram por um caos. “Quando a Terra Clean entrou houve um desgaste muito grande  porque não teve transição da outra empresa. O Sindicato detectou que o problema da Terra Clean era por questões administrativas internas da empresa e problemas de gestão na empresa”, narrou.

Segundo ele especificou no início os trabalhadores sofreram com problemas pontuais como pagamento de alguns benefícios como vale transporte  e principalmente a falta de formalização e legalização dos contratos. No início cerca de 30% dos servidores trabalhavam sem contrato formalizado com a empresa. Conforme o Sindicato, assim que recebeu a reclamação dos servidores fez gestão junto á empresa que, segundo o presidente, resolveu o impasse em três dias. A principal alegação da empresa para os problemas com os servidores era a falta de recurso humano na parte administrativa.

Um dos gargalos da empresa com os servidores foi com relação à demissão de vários trabalhadores o que gerou descontentamento da categoria mas para o Sindicato o que ocorreu foi um problema normal ocasionado pela falta de qualificação de alguns contratados. Recentemente os trabalhadores reclamaram de salários atrasados mas o presidente do Sindicato frisou que a empresa já resolveu o impasse.

Ataque político

O presidente contou, ainda, que logo que a empresa assumiu foi alvo de vários questionamentos e críticas e foi procurado pelos vereador Iratã Abreu (PSD), líder da oposição na Câmara e também pelo vereador Waldson da Agesp (PT). “Eu falei para eles que o Sindicato não ia entrar nesse mérito político porque nossa função é defender o trabalhador e a empresa se vermos que ela está com boa intenção com os empregados”, relatou.  Para o presidente os vereadores queriam usar o Sindicato como ataque político contra a Prefeitura de Palmas.

Segundo o presidente os impasses pontuais duraram principalmente no primeiro mês de atuação da empresa e os trabalhadores chegaram a aprovar em Assembleia um indicativo de greve que durou um dia.

Após relatar os impasses e problemas vividos pelos funcionários da Terra Clean, Melo frisou que o Sindicato vê a empresa com bons olhos atualmente e chegou a defender que ela participe da licitação aberta pela prefeitura para contratar a nova empresa para a coleta. “Nós a vemos com bons olhos porque ela procurou restabelecer na medida do possível o que deveria ser feito por isso achamos que ela deve continuar”, defendeu.

A Prefeitura publicou no Diário Oficial do Município  do dia 13 de setembro o edital de licitação para contratação de empresa especializada para executar os serviços de Limpeza Urbana da Capital. As empresas interessadas deverão apresentar suas propostas e documentação no dia 4 de novembro de 2013.

Melo preside o Sindicato há 20 anos. Segundo ele o sindicato tem aproximadamente 10 mil filiados em todo o Estado sendo 7 mil só em Palmas.

Terra Clean

A empresa foi contratada em regime emergencial para fazer a coleta de lixo na capital e desde então é alvo de várias polêmicas desde problemas na prestação do serviço até a possíveis falhas no processo de contratação. O promotor Adriano das Neves ingressou com uma Ação Civil Pública (ACP) de Improbidade Administrativa para anular o contrato entre a empresa e a Prefeitura de Palmas e pediu em caráter liminar a suspensão imediata do contrato mas a Justiça negou o pedido.

A contratação da empresa culminou ainda na exoneração a pedido do ex-secretário de Transparência e Gestão, João Lira e num pedido de abertura de uma CPI do Lixo ainda em fase de análise na Câmara.