Maioria das prefeituras do Tocantins deve fechar as portas na próxima segunda-feira, 28, em manifesto contra as condições financeiras dos municípios. Até o momento a Associação Tocantinense de Municípios (ATM) já confirmou a adesão de 80% das prefeituras ao movimento, inclusive a da capital.
Já confirmaram que fecharão as portas também as prefeituras de Araguaína, Gurupi e Paraíso do Tocantins. A intenção é mobilizar o governo estadual e também os deputados estaduais com relação às dificuldades das cidades tocantinenses principalmente com relação à frustração de receitas. Maioria dos municípios, 111, são da classificação 0.6 e recebem parcelas mínimas do FPM.
Segundo o presidente da ATM, prefeito de Brasilândia, João Emídio explicou ao Conexão Tocantins nesta quarta-feira, 23, a intenção é que a mobilização chegue a 100% das prefeituras. “Vamos fechar as prefeituras, cruzar os braços com a intenção de funcionar apenas os serviços essenciais. Essa ação é para chamar a atenção para a situação que os municípios vivem”, disse.
No dia D da mobilização os prefeitos vão se reunir em Palmas onde concederão uma entrevista coletiva expondo as principais dificuldades dos municípios e depois pretendem ainda ir ao Palácio Araguaia e também mobilizar os 24 deputados estaduais. “Queremos que os deputados antes de votar matérias relacionadas aos municípios que nos consultem”, disse.
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), recém filiado na ATM, deve fechar a prefeitura, segundo informou o presidente da ATM, somente na terça-feira, 29.
Ao ser questionado sobre quais as cobranças com relação ao governo estadual o presidente da ATM disse que a atual gestão trata os prefeitos muito bem. “O governo estadual nos trata muito bem, ele também está quebrado, recebeu uma máquina sucateada e tem nos apoiado”, frisou. A bancada federal do Estado também será mobilizada pelo movimento dos prefeitos que querem ainda que no caso de uma possível recriação da CPMF que os recursos sejam destinados para as prefeituras.