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Estado

A Central Única dos Trabalhadores no Tocantins (CUT-TO) encaminhou nota à imprensa na tarde desta quinta-feira, 27, posicionando-se sobre a ocupação realizada por estudantes no Colégio Estadual Dona Filomena, na cidade Miracema do Tocantins. A CUT informou que não é de responsabilidade da central a organização nem a ocupação da unidade. 

Por determinação do Ministério Público Estadual (MPE), a Polícia Militar realizou a desocupação da escola. O promotor de Justiça, Vilmar Ferreira de Oliveira acompanhou a desocupação e informou ao MPE que pessoas foram identificadas com coletes da CUT. A Central, por sua vez, informou por meio de nota que desconhece o uso dos coletes de forma aleatória e isolada e que os coletes da CUT são usados exclusivamente em manifestações conduzidas pela entidade. 

A CUT posicionou apoiar a manifestação dos estudantes em defesa da educação pública, contra a PEC 241 e contra a reforma no ensino médio. "É livre o direito de manifestação dos estudantes e orgulha essa entidade saber que existem estudantes que tem consciência política e não se omitem de lutar contra o retrocesso que se instala no País". 

Confira nota da CUT na íntegra 

Nota da CUT-TO a respeito da citação da central na ocupação do CEM Dona Filomena Moreira, em Miracema do Tocantins

Sobre a ocupação de estudantes secundaristas ocorrida no Centro de Ensino Médio Dona Filomena Moreira de Paula, na cidade Miracema do Tocantins realizada na última quarta-feira, 26, a Central Única dos Trabalhadores no Tocantins (CUT-TO) vem a público informar que não é de responsabilidade desta central a organização, nem tampouco a ocupação desta ou de outra unidade escolar, no entanto, ver como positiva a ação destes estudantes que bravamente lutam pela manutenção da qualidade da educação e repudia a ação do Promotor de Justiça de Miracema, Vilmar Ferreira de Oliveira, da 3ª Promotoria de Justiça de Miracema em intervir de forma precipitada prendendo, inclusive fazendo uso de algemas estes alunos que protestavam pacificamente.

A CUT informa que apoia a manifestação dos estudantes secundaristas em defesa da educação pública, contra a PEC 241 e contra a reforma no ensino médio. É livre o direito de manifestação dos estudantes e orgulha essa entidade saber que existem estudantes que tem consciência política e não se omitem de lutar contra o retrocesso que se instala no país.

Dentre todas as ocupações que acontecem nas escolas por todo o país, inclusive há registro de ocupações no Campus do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO) e do Campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT), as duas em Palmas, ambas de forma ordeira, não houve nenhum relato de violência, qualquer que fosse. Chama a atenção o fato do promotor de justiça, Vilmar Ferreira imputar a ocupação com denuncias de cárcere privado ou de ameaças de morte, fato inusitado.

Os estudantes buscam através das ocupações chamar à atenção da sociedade pelo retrocesso que o atual e ilegítimo governo federal instala no Brasil, retirando orçamento da educação pública comprometendo ainda mais a qualidade da educação.

Sobre o fato de o promotor citar que foi visto pessoas utilizando coletes da CUT e de servidores da UFT adentrando a escola ocupada. A CUT esclarece que desconhece o uso dos coletes de forma aleatória e isolada. Os coletes da CUT são usados exclusivamente em manifestações conduzidas pela entidade, o que não é o caso. Não havia na cidade de Miracema do Tocantins no dia de ontem nenhum diretor da CUT, ou pessoas portando coletes de conhecimento desta central.

Palmas-TO, 27 de outubro de 2016 – Nubia Martins/Assessora de Comunicação da CUT/TO