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Polí­cia

Sargento Fraga morreu durante troca de tiros entre a PM e PF, em operação

Sargento Fraga morreu durante troca de tiros entre a PM e PF, em operação Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Sargento Fraga morreu durante troca de tiros entre a PM e PF, em operação Sargento Fraga morreu durante troca de tiros entre a PM e PF, em operação

Segundo a Federação das Associações de Praças Militares do Estado do Tocantins (FASPRA-TO), o inquérito de investigação da morte do sargento Wiratan Fraga dos Santos foi desarquivado e retomará os tramites de apuração. O sargento foi vítima de, segundo a Faspra, operação desastrosa realizada pela Polícia Federal na madrugada do dia 2 de novembro de 2015 na comarca de Pindorama do Tocantins. "

Segundo a Federação, a operação que tinha a finalidade de coibir um assalto à agencia dos correios do município não foi comunicada ao comando da Polícia Militar responsável pela segurança local e ao tomar ciência da ocorrência, sargento Fraga, acompanhado de outros policiais militares, se dirigiu ao local para o cumprimento da função e ao realizar as primeiras averiguações foi alvejado por disparos que partiram de uma van totalmente descaracterizada na qual estavam os agentes da Polícia Federal.

Diante do ocorrido, houve a instauração de inquéritos perante a Polícia Militar do Tocantins e Policia Federal. As apurações tiveram desfechos distintos. "Enquanto o Inquérito Policial Militar concluiu pela responsabilidade dos agentes federais, inclusive indiciando-os, a investigação da Polícia Federal concluiu por uma ação legitima de seus agentes o que motivou o arquivamento do inquérito pelo Juízo Criminal da Seção Judiciária Federal da região do Tocantins. Esta decisão causou grande indignação em toda a categoria militar e profunda revolta por parte dos familiares e amigos do sargento", posiciona a Faspra. 

Passados mais de um ano, os advogados de defesa da viúva do sargento Fraga, senhora Sebastiana Alves Lima Fraga, conseguiram com que o inquérito fosse desarquivado recentemente pela Justiça Federal e conseguiram também a suspensão do segredo de justiça referente ao caso. A pedido da viúva, ante a decisão judicial de desarquivamento e partindo do entendimento de que o caso não é de competência da Justiça Federal, os advogados vieram de São Paulo e protocolaram uma petição endereçada ao promotor de Ponte Alta-TO com o pedido de que o mesmo avoque para si a competência sobre o caso e adote as medidas jurídicas cabíveis tendentes à apuração rigorosa dos fatos.

"A Faspra/TO acredita que a morte do sargento Fraga poderia ter sido evitada e que foi uma triste consequência de uma malfadada missão executada por agentes federais arrogantes e despreparados. A Federação espera que, através do desarquivamento do inquérito, finalmente os culpados pela morte do sargento sejam devidamente responsabilizados e anseia para que, nesta nova oportunidade, o caso seja tratado com lisura e imparcialidade considerando também o Inquérito Policial Militar e o testemunho do CB PM Mattos, presente no momento do ocorrido", posiciona a Federação. 

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