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Polí­tica

Foto: Gerdan Wesley

Foto: Gerdan Wesley

O senador tocantinense e presidente do PSDB no Estado, Ataídes Oliveira, em vídeo publicado na noite dessa quinta-feira, 18, em sua página no Facebook, defendeu que é preciso “recomeçar o Brasil”. “Como eu tenho dito, a corrupção no nosso País virou um grande tumor. Esse tumor que a Operação Lava Jato abriu. Agora nós temos então que tirar toda essa coisa putrificada lá de dentro, limpar esse tumor, fechar esse tumor e recomeçar, ou seja, recomeçar um novo Brasil”, disse.

Um dos alvos da operação no momento é o senador tucano Aécio Neves, que até ontem era o presidente nacional do partido de Ataídes.   Nesta quinta a revista Época publicou nota na qual afirma que Ataídes Oliveira estaria sendo alvo de represálias dentro do PSDB após se manifestar, no plenário do Senado, contra os alvos da Lava Jato, logo após as delações de executivos da empresa Odebrecht. Ignorando que Aécio Neves era um dos delatados, ele subiu à tribuna para pedir punição, renúncia e até a prisão para os envolvidos. à revista, Ataídes negou qualquer retaliação.

Mais uma vez ignorando o envolvimento do líder do seu partido nos atos de corrupção denunciados, agora pelo grupo empresarial JBS, o senador tocantinense afirmou que o Brasil “é muito maior do que esses malfeitores que hoje estão representando o povo brasileiro na política”.

Ataídes lamenta a situação em que o país se encontra, afirmando que o Brasil começava a reagir, do ponto de vista econômico. “Mas imagino que diante desses últimos acontecimentos, a nossa economia deverá sofrer novamente um  abalo. Mas é assim mesmo. Nós vamos ter que recomeçar o Brasil.  Nós estamos no fundo do poço. Talvez nós tenhamos que descer um pouco mais, mas nós vamos depois subir”, disse.

Diante do vídeo publicado pelo senador ontem, diversas pessoas se manifestaram com comentários. Alguns em apoio a sua postura, mas outros, lembrando a Ataídes que ele é também parte do governo atual, à medida que apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e compõe a base aliada ao presidente Michel Temer (PMDB), que, assim como Aécio Neves, foi flagrado em conversa gravada com empresário do grupo JBS.