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Estado

Foto: Divulgação Acampamento em construção dos Trabalhadores Sem Terra na terra Pântano do Papagaio Acampamento em construção dos Trabalhadores Sem Terra na terra Pântano do Papagaio

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST/TO) somou-se na última quarta-feira, 6, na luta de um grupo de posseiros na ocupação de uma terra no município de Ipueiras/TO. Cerca de 50 famílias estão na área nominada Pântano do Papagaio, antigas fazendas União e Tucum. O MST afirma que a área está sendo controlada por laranjas ligados a empresa Investco e há mais de três anos vem sendo intensamente grilada por pessoas ligadas a políticos O movimento cita os nomes do vice-prefeito de Brejinho de Nazaré, João Guimarães Neto, de Joaquim Moura e Vicente Araújo.

O acampamento montado pelos Trabalhadores Sem Terra chama-se Clodomir Santos de Morais em homenagem ao militante social das lutas camponesas no Brasil falecido em março de 2016. "Como forma de contrapor a essa situação e garantir direito social legítimo e justo o MST monta mais um acampamento, estruturando assim um novo território de luta pela terra na região de Porto Nacional/TO (principal cidade da área), região esta em que o agronegócio propagandeia desenvolvimento quando na realidade vem produzindo inúmera exclusão social na região", afirma o MST. 

Segundo o MST, as famílias estão acampadas em processo de massificação, dando início ao desenvolvimento de atividades produtivas diversas.

Ataque 

De acordo com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, "os jagunços" já começaram a querer atacar os acampados. "Em resposta à essa luta justa, o MST informa que os grileiros e seus jagunços, pistoleiros começaram querer atacar os Sem Terra, a exemplo do que fizeram nos últimos 15 dias quando, fortemente armados expulsaram Sem Terra, queimaram os barracos e demoliram, cortando de motosserra". 

O MST afirma que a luta vai continuar até que os camponeses conquistem definitivamente a terra. "Afirmamos ainda as famílias acampadas são em sua maioria sujeitos e sujeitas que há mais de 20 anos residiram, trabalhando nesta área como posseiros, como arrendatários entre outros. Portanto, são famílias camponesas que foram expulsas da terra pelo latifúndio das cercas nas terras e pelos latifúndios provocados pela formação do lago da Usina de Lajeado, no Rio Tocantins. Esperamos que o Estado Brasileiro Cumpra com Seu Papel", conclui o MST em nota.