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Economia

Levantamento realizado pelo O Lojista (informativo mensal da CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas) traz os problemas que o excessivo número de feriados e ponto facultativo traz para o comércio da capital. Em 2009, por exemplo, os empresários vão perder 24,5 dias úteis.

Para estimar essa perda, a CDL adotou uma fórmula simples. Cada dia útil do mês representa 3,84% do faturamento – resultado da divisão dos dias. Quando o comerciante fecha as portas em um feriado, esse prejuízo é computado na íntegra. Além disso, foi levado em conta um percentual de 1,92% (metade do feriado) para os pontos facultativos e “emendas”, ou seja, quando os feriados caem em uma quinta-feira ou sexta, segunda ou terça-feira.

Para a projeção de prejuízo de 1,92 para os pontos facultativos e “emendas” de feriados, O Lojista levou em conta quantidade de pessoas em Palmas que trabalha para o poder público. Contando governos estadual e municipal, são quase 30 mil. Além disso, há os funcionários federais, os lotados nos legislativos (Câmara de Vereadores e Assembleia) e os servidores do Judiciário. Como os governos constantemente decretam ponto facultativo em um feriado passível de ser “emendado”, muitas pessoas aproveitam para viajar, o que afeta diretamente o movimento no comércio da capital.

Esse ano, muitos feriados são em dias que existe a possibilidade de haver emendas. Conforme o cálculo feito pelo O Lojista, ao final do ano, em 2009, o prejuízo acumulado é de 94,08% de um mês. Por isso, é possível constatar que praticamente um mês de dias úteis é perdido.

Enquanto isso, os empresários, mesmo tendo menos dias úteis para faturar, são obrigados a arcar com todas as suas obrigações, como pagamento de impostos, salários, aluguel e outros custos.

Meses

Em janeiro, o comerciante perdeu 7,68% do faturamento do mês. Isso ocorreu porque o feriado do dia 1º cai numa quinta-feira. Desta forma, pela formula utilizada no estudo, a sexta-feira e sábado subseqüentes ficam prejudicados.

Em fevereiro, o prejuízo no faturamento mensal é de 9,60%, decorrentes dos dois feriados de Carnaval, mais o ponto facultativo da quarta-feira de cinzas.

Para o março, o prejuízo ficou em 7,68% do faturamento mensal. O mês conta com o feriado do dia 19, Dia do Padroeiro de Palmas (São José). A data caiu numa quinta-feira, o que provocou automaticamente prejuízos na sexta-feira e no sábado.

O mês de abril deve ser o segundo mais pesado para o comerciante de Palmas no ano. Os empresário perderam o faturamento correspondente a 13,44% mensais. Esse ano, além do feriadão de Páscoa, o mês teve o feriado de Tiradentes em uma terça-feira, possibilitando o Ponto Facultativo da segunda-feira, prejudicando o sábado.

Maio trouxe um prejuízo de 9,60% do faturamento mensal. O mês teve o feriado do Dia do Trabalho em uma sexta-feira, mais o feriado municipal de Lançamento da Pedra Fundamental de Palmas (aniversário da capital).

Neste mês de junho, o prejuízo sobre o faturamento mensal deverá ser de 7,68%. O feriado de Corpus Christi, dia 11, é observado em uma quinta-feira, prejudicando a sexta-feira e o sábado.

Em julho e agosto o calendário oficial fornecido pela Superintendência Regional do Trabalho à CDL não prevê qualquer feriado ou ponto facultativo.

Já no mês de setembro, os prejuízos previstos são de 7,68% do faturamento mensal, pois o Dia da Independência cai em uma segunda-feira, prejudicando o sábado anterior. Além disso, o dia 8 de setembro é ponto facultativo estadual.

Outubro é o pior mês para o comércio da capital. O varejo de Palmas deve ficar privado de 17,28% do faturamento mensal. Os prejuízos serão decorrentes dos dois feriadões causados pelos feriados de Nossa Senhora Aparecida e criação do Estado do Tocantins (dias 12 e 5 respectivamente), mais os sábados prejudicados (10 e 3), além do ponto facultativo de 26 (Dia do servidor Público), que também prejudica o sábado anterior, dia 24. Para complicar, o dia 2 de novembro (Finados) será em uma segunda-feira, o que prejudica o sábado dia 31 de outubro.

Em novembro, o prejuízo sobre o faturamento é de 3,84%, com o feriado de Finados.

Por fim, o mês de dezembro, pela fórmula utilizada pelo O Lojista, estima um prejuízo de 9,6% do faturamento. Isso pelos feriados de Natal e os ponto facultativos de final de ano. Cabe fazer a ressalva que muitas lojas, nesse período, ampliam o faturamento com as vendas para as festas e de presentes. Porém, empresas prestadoras de serviço são bastante prejudicadas com esses feriadões do mês.

Posicionamento

Para o presidente da CDL, Sílvio Cunha, é necessário que os poderes públicos minimizem os efeitos de tantos feriados. O presidente criticou o excesso de pontos facultativos decretados. Cunha ressalta que o comércio varejista da capital vem tendo vários problemas com tantos dias sem trabalho e o empresário palmense não suporta mais tantos pontos facultativos.

Cunha destaca que Palmas é preciso uma conscientização dos poderes públicos para que todos os pontos facultativos sejam evitados. O presidente cita como exemplo o feriado de Corpus Christi, que é uma quinta-feira. Ele pede que as autoridades não decretem o ponto facultativo, para evitar as perdas na sexta-feira e no sábado subseqüente.

Fonte: Assessoria de Imprensa CDL Palmas