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Foto: Divulgação

Proposta do Consórcio Estreito Energia (Ceste) para desenvolver o setor de pesca na área de abrangência da Usina Hidrelétrica Estreito, o Complexo Integrado de Processamento, Beneficiamento, Comercialização e Escoamento do Pescado do Tocantins foi bem recebido pela comunidade pesqueira. O projeto foi apresentado aos presidentes de Colônias de Pescadores da região, assim como os primeiros resultados das pesquisas feitas pela equipe do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre a Ictiofauna (estudo dos peixes) do Rio Tocantins, com o barco Esperança, o barco-laboratório do Ceste.

O Complexo Integrado de Processamento, Beneficiamento, Comercialização e Escoamento do Pescado do Tocantins também se dispõe a promover ações ecologicamente adequadas, economicamente viáveis e sustentáveis para as comunidades interferidas pela UHE Estreito e que sejam capazes de agregar valor ao produto da pesca, a fim de garantir renda sem aumentar a pressão sobre os estoques. A apresentação da proposta, contou a participação dos gerentes do Ceste Marcos Duarte (Planejamento e Controle Estratégico); Sérgio Larizzatti (Meio Ambiente); e Isac Cunha (de Relações Institucionais); do representante do Ministério da Pesca e Aquicultura, João Scaramello; da Secretaria de Agricultura do Maranhão, José de Ribamar Pereira, da Superintendência de Pesca do Tocantins, Jozafá Maciel, do secretário de Turismo e Meio Ambiente do município de Carolina, Anildo Araújo dos Santos, e do secretário de Meio Ambiente, Luiz Orione do município de Filadélfia (TO).

O projeto foi elaborado pela equipe do Museu Nacional, coordenada pelo professor Gustavo Nunan, a partir de informações coletadas com os próprios pescadores da região. Capacitação profissional, criação de portos de desembarque e coleta de pescado, restaurantes-escolas, um Centro Experimental de Piscicultura e Produção de Alevinos, dois complexos integrados de escoamento, beneficiamento e comercialização de pescado na área do Tocantins e Maranhão e cooperativas de pescadores e piscicultores, que deterão a propriedade sobre os complexos, integram a proposta apresentada.

O presidente da Colônia de Pescadores de Estreito, Luiz Moura, considerou o encontro muito importante. “Tivemos um grande avanço nas discussões com o Ceste”, pontuou.

A mesma opinião é compartilhada pelos presidentes das Colônias de Pescadores Z-7 (Tocantinópolis) e Z-8 (Palmeiras do Tocantins), João Haroldo e Emiliano Dias Carneiro, respectivamente. “Este é um novo marco na história entre os pescadores e o Ceste, graças ao empenho dos atores envolvidos (Museu Nacional, Ministério da Pesca e Aqüicultura, pescadores e Ceste). Houve avanços sem conflitos e os pescadores vão festejar este momento, como um ‘dia de graças’”, relatou João Haroldo.

Representando o Ministério da Pesca e Aquicultura, o assessor de Assuntos Estratégicos e Relações Institucionais, João Scaramello, também considerou o encontro positivo. “Vamos aguardar agora que as propostas apresentadas sejam confirmadas pelos pescadores e Ceste para dar os devidos encaminhamentos no Ministério”, sinalizou.

O gerente de Planejamento e Controle Estratégico do Ceste, Marcos Duarte, considerou o encontro bastante proveitoso e garante que este foi o primeiro de muitos encontros que ainda ocorrerão, pois o projeto é um Complexo com o envolvimento de vários atores com direitos e deveres para todos. “Este encontro reflete a seriedade, a transparência e o diálogo com o qual o Consórcio vem trabalhando desde a implantação do empreendimento”, certifica.

Ictiofauna

O encontro foi aberto com a exposição do Programa de Conservação da Ictiofauna (Estudo dos peixes, PBA nº14), quando foram apresentados os primeiros dados coletados pela equipe do professor Gustavo Nunan, do Museu Nacional. Este Programa é um dos 39 programas ambientais da Usina Hidrelétrica Estreito que faz parte do processo de licenciamento do empreendimento.

Durante seis dias, foi realizada a 6ª campanha de monitoramento da Ictiofauna, quando os pesquisadores navegaram cerca de 300 km do rio Tocantins, onde coletaram e catalogaram 1.200 amostras de peixes. O trajeto foi percorrido entre Carolina (MA) e Tupiratins (TO) no barco Esperança, um barco-laboratório do Ceste. Todo o trabalho da equipe do Museu Nacional será realizado antes, durante e depois do início do enchimento do lago da Usina de Estreito, e vai também identificar as rotas migratórias dos peixes.

Após as apresentações, os participantes foram conhecer o barco-laboratório Esperança, os outros membros da equipe de pesquisadores do Museu Nacional e também fizeram um rápido passeio pelo rio Tocantins.

Fonte: Assessoria de Imprensa UHE Estreito