O Estado mais novo do Brasil, com apenas 24 anos, se destaca com o desenvolvimento da infraestrutura multimodal – hidrovia (Ecoporto), Ferrovia Norte Sul, com mais de 700 km concluídos, mais de sete mil km de rodovia pavimentada e aerovia com terminal de cargas e energia solar. Há perspectiva para a aceleração do crescimento econômico da região norte em especial a do Brasil, tornando o Tocantins o elo logístico integrador do país e gerador de oportunidades de negócios para o mundo.
“O resultado desse crescimento é oriundo de políticas governamentais que tem trabalhado pela atração de investimentos e empreendimentos estratégicos, geração de emprego, renda e do fortalecimento das indústrias da região,” afirmou o secretário de Indústria e Comércio, Paulo Massuia.
Terminal de Cargas
Em fase de implantação, o TECA - Terminal de Cargas do Aeroporto de Palmas prevê a publicação, em um prazo de 15 dias, do processo licitatório para a construção da obra.
Como mais uma opção de redução de custos e de movimentação econômica para a região, está sendo projetado pelo Governo do Estado e pela Infraero, um sítio aeroportuário que funcionará com painéis solares fotovoltaicas que são dispositivos utilizados para converter a energia da luz do sol em energia elétrica.
“O parque tecnológico funcionará dentro do sítio aeroportuário, desta forma o Tocantins será o primeiro aeroporto do país com energia Solar”, disse Paulo Massuia. O mecanismo vai favorecer a importação e exportação, além de aumentar a receita da Infraero no Aeroporto de Palmas, que atualmente opera somente com terminal de passageiros. Estes e outros meios de transporte já são foco de empresários.
Ferrovia Norte Sul
Há estudos que prospectam a implantação da Ferrovia Norte Sul, cortando o Brasil desde a cidade do Rio Grande (RS) a Belém (PA), totalizando uma extensão de 4.576 km. Segundo dados da Valec, empresa responsável pela construção do empreendimento, o Tocantins, Goiás e Distrito Federal que ficam na região geodésica do Brasil tem o maior trecho de extensão da Ferrovia Norte Sul. Se comparado a outros Estados, o que terá menor trecho é o Estado de São Paulo, que terá uma fatia de 15%, Minas Gerais com 10%, e Mato Grosso do Sul com 22%. Os demais Estados da Federação, obteviveram trechos maiores.
No Tocantins, a Ferrovia Norte Sul conta com seis pátios multimodais e obras concluídas de 719 Km de Açailândia (MA) a Palmas (TO). Somente em construção soma-se 855 Km de Palmas (TO) a Anápolis (GO), com previsão para conclusão em 2013.
O objetivo do Governo é trazer investidores para o entorno do pátio da FNS, como esmagadora de soja, empresas de fertilizantes e mineração. A exemplo disso, a Nova Agri, uma empresa de grãos, é uma das que tem lote reservado nesse ponto estratégico da FNS. Segundo o secretário Paulo Massuia, “há um grande interesse de grandes empresários, inclusive de estrangeiros, por investimentos nessa área, que ficam nas cidades tocantinenses de Colinas e Araguaína”, ressaltou.
Transbordo
O Corredor Centro Norte da Ferrovia Norte Sul já conta com terminais de transbordo no município de Palmeirante (TO), que atenderá o nordeste do Mato Grosso e o Centro Norte do Tocantins. O de Porto Nacional (TO) atenderá o Centro Sul do Tocantins, Norte do Goiás e Noroeste da Bahia. Já o município de Porto Franco (MA), atenderá os Estados de Maranhão, Pará e Piauí. A vantagem da logística é a redução de custos e rapidez do transporte de cargas para o Brasil e o mundo.
Ecoporto Praia Norte
Outro empreendimento que tem previsões para começar a obra em 8 de outubro é o Ecoporto, que será um dos mais importantes empreendimentos para a infraestrutura logística do Tocantins e integração com maior foco nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste. Uma obra que vai contribuir com o desenvolvimento econômico da cidade de Praia Norte (TO), que fica a 619 Km da Capital tocantinense.
Interligado e estratégico, o Porto de Praia Norte colocará o Bico do Papagaio e o Tocantins na rota de três dos principais portos do Brasil: o de Manaus (AM) de Belém (PA) e o de Itaqui (MA), além de gerar milhares de empregos para os moradores da região.
Instalado às margens do Rio Tocantins, o Porto de Praia Norte será uma rota alternativa de saída rumo ao Atlântico. Trata-se de um empreendimento de grande porte, que contará com investimento de mais de R$ 300 milhões da empresa Eurolatina. O Governo do Estado entrou com a atração do investimento e obras de infraestrutura, como piers para embarque e desembarque de produtos, galpões, acessos, trevos, pátios, controle e fiscalização, infra estrutura de alimentação, saúde, guindastes, asfaltamentos e iluminação pública. Para agilizar o processo, o Governo do Tocantins, junto com o do Maranhão, assinaram um acordo que viabiliza o entreposto fiscal para atender a produção da Zona Franca de Manaus.
De acordo com o secretário Paulo Massuia, a chegada do Ecoporto significa que as indústrias da Zona Franca de Manaus (AM) não precisarão passar necessariamente por Belém para escoar sua produção para o restante do Brasil. As barcaças poderão navegar de Manaus direto para Praia Norte, desembarcar as mercadorias no porto do município e seguir o restante do trajeto pelo modal rodoviário, através da BR-153, ou pela Ferrovia Norte Sul.
Malha asfáltica
As rodovias em bom estado de conservação são outro meio que favorece o crescimento econômico da região. Segundo os últimos dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico, de 2002 a 2009, o Tocantins ocupa o primeiro lugar no ranking nacional no que tange ao crescimento do PIB - Produto Interno Bruto. O Estado registrou uma média, nos últimos oito anos, de 52,6% do PIB. Isso representa um percentual superior à media nacional, que registrou 27%.
De acordo com dados da Superintendência de Pesquisas e Zoneamento Ecológico Econômico/Diretoria de Pesquisa da Seplan – Secretaria de Planejamento e Modernização, e do IBGE, as perspectivas de 2011, apontaram um PIB de R$ 17,5 milhões. A riqueza da região refletiu em benefícios para a sociedade e também para os que investem no Estado. Somente de malha asfáltica nova e sinalizada no Tocantins, somam-se sete mil Km. Ressaltou o representante do Governo, Paulo Massuia. A logística é só uma fatia dos inúmeros segmentos econômicos do Estado que estão em amplo crescimento. (Secom)