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Cultura

Foto: Stella Antunes

Após dez apresentações públicas em diferentes pontos da cidade, o espetáculo “Ninguém matou Suhura” termina sua primeira temporada neste mês de Junho. O espetáculo foi premiado pelo Edital do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic) e faz parte da programação do aniversário de Palmas.

As últimas apresentações abertas do espetáculo acontecerão na Galeria de Artes do Sesc, nesta terça-feira, 03, nos horários de 19h30 e 21 horas. Nos dias seguintes, a peça será apresentada para turmas do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

A estreia ocorreu no dia 17 e 18, dentro do ponto de cultura Arte-fato, na quadra 503 Norte, e teve quatro sessões gratuitas realizadas e assistidas pela comunidade em geral. No final de semana seguinte, foi a vez do Ponto de Cultura Central do Riso receber o espetáculo. Antes da circulação, a obra foi apresentada como “ensaio aberto” no campus da UFT em Palmas.

Patrocinada pelo Fundo Municipal de Apoio à Cultura e produzida pela Produza Studio Criativo, “Ninguém matou Suhura” é uma obra que dialoga com a literatura moçambicana da escritora Lília Momplé. A peça, de cunho intimista, trata sobre a exploração dos moçambicanos pelos portugueses e trabalha uma nova linguagem artística: a composição poética cênica.

Para não perder as últimas apresentações, basta chegar com antecedência para retirar os ingressos, pois os lugares são limitados. Todas as apresentações realizadas terão entrada franca.

Sinopse

“Ninguém matou Suhura”primeira parte da trilogia cênica Identidade Tocantinenseé uma composição poética cênica livremente inspirada na obra homônima da escritora moçambicana Lília Momplé. Em cinco contos, a autora empreende um projeto ficcional que explicita certa memória social africana das relações de dominação sofridas frente a Portugal, que estão igualmente no cerne da cultura brasileira.

Nessa direção, o espetáculo constrói-se como um nexo de sentido imagético-sonoro-poético que desliza pelas violências e arbitrariedades do colonialismo português, aproximando a história de Moçambique da brasileira. Longe de pretender narrar uma história (fábula), o espetáculo propicia entre atores e fruidores uma experiência estética de encontro com imagens e sonoridades emergidas na crueza da violência e da melancolia histórica que fazem parte da origem da nossa identidade.