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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Uma audiência pública será realizada dia 10 de março na Assembleia Legislativa do Tocantins para discutir os benefícios concedidos  aos policiais militares, civis e bombeiros. Na sessão desta terça-feira, 3, estiveram presentes na Assembleia Legislativa esposas e filhas de policiais militares do Estado que formaram uma Associação para defender os direitos dos militares.  Com camisetas com a mensagem “Militar tem família” elas defendem o direito dos chefes de família militares.

A deputada da oposição, Luana Ribeiro (PR) afirmou que elas representam os militares. “militares não podem se manifestar contra sociedade e o governo, isso é uma lei da época da ditadura que na minha opinião está ultrapassada”

Na tribuna, Luana Ribeiro falou sobre a possibilidade da facção criminosa Comando Vermelho estar por trás dos atentados e disse que a população está numa onda de violência e pavor. “O que verdadeiramente está acontecendo com nosso Tocantins? A Polícia Civil está reivindicando seus direitos de 2007 que foi concedida pelo governador Marcelo Miranda que agora na hora de pagar a conta se recusa”, acusou. Segundo ela estão colocando como se fosse um fato político.

A deputada chegou a dizer que está sendo ameaçada. “Venho recebendo ameaças e isso não me amedronta, vou buscar formas de segurança para mim. É muito sério e muito grave o que está acontecendo”, disse. Alguns grevistas da Polícia Civil também estiveram presentes na sessão. Ela disse que o impacto financeiro para o pagamento do realinhamento da Polícia Civil é de apenas 1% na folha. Alguns grevistas da Polícia Civil também estiveram presentes na sessão.

Resposta

O deputado Nilton Franco, do partido do governador Marcelo Miranda, afirmou: “Nossa preocupação maior é que tenha outros comandos comandando essa operação criminosa num momento tão difícil do Estado do Tocantins, a 60 dias de um novo governo. È de se estranhar mas tenho certeza que num espaço curto de tempo o serviço de inteligência vai apurar e trazer à tona”, disse.

Ele respondeu às críticas da deputada Luana Ribeiro desqualificando a gestão anterior. “Eles tinham a ideologia não do trabalho mas a ideologia de fazer a politicagem rasteira. Foi um Estado que não foi cumprida a Lei de responsabilidade Fiscal desde 2013, um Estado onde a saúde era uma verdadeira UTI. Não tem um órgão nesse Estado que não esteja falido ou quebrado”, alfinetou. Ele disse que deputados que serviram ao governo passado querem que o governador resolva todos os problemas do Estado em 60 dias.

Ele pediu que os deputados da oposição ajudem o governo. “O governador foi o melhor governador para funcionário público na história do Estado. Infelizmente é uma herança maldita desses últimos 4 anos que esses governos não se preocuparam com o Estado e sim em se perpetuar no poder”, garantiu.

Após Nilton Franco, o deputado Eduardo Siqueira Campos foi à tribuna onde citou leis do ano de 2004 quando foram concedidos benefícios na gestão de Marcelo Miranda. “Se alguém tem culpa nesse Estado não é o funcionário público”, disse Eduardo Siqueira Campos.

Eduardo disse que os cargos de nível médio foram transformados em nível superior também na gestão de Marcelo e citou outra lei que citou o PCCS para os delegados da Polícia Civil sancionada pelo ex-governador Carlos Gaguim (PMDB).  Ele reconheceu que em 2013 o Estado estava acima do limite prudencial mas disse que quando a lei de 2014 que trata do realinhamento foi aprovada estava dentro dos limites. “Não será jogando no colo de terceiros que vamos resolver o problema desse Estado”, disse.

O deputado falou ainda de algumas citações na qual atribuía que conhecidos políticos que estariam em gabinetes confortáveis estariam por trás dos supostos atentados do último final de semana quando ônibus do transporte público foram queimados. “O teor das acusações exige que o autor dessas declarações não use meias palavras que tenha responsabilidade e que dê nome aos bois e não acuse membro da oposição nem da Polícia Civil porque não vamos aceitar”, disse. Ele ainda completou: “Não vamos aceitar que acusem com meias palavras qualquer membro do cenário político sem que traga devida comprovação. Não se pode atingir a honra de qualquer membro desse parlamento sem junto trazer a efetiva comprovação”, concluiu Eduardo.