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Educação

Joelson Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Palmas

Joelson Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Palmas Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Joelson Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Palmas Joelson Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Palmas

Em entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta segunda-feira, 05 de outubro, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Palmas, Joelson Pereira dos Santos, disse que o secretário municipal de Educação, Danilo de Melo, fala meia verdade com relação a situação dos trabalhadores da área na capital. "Eu costumo dizer que o secretário fala meia verdade. Quem fala meia verdade, fala mentira", afirmou Joelson. 

A afirmação de Joelson vem após a Secretaria Municipal de Educação (Semed) divulgar informações pertinentes aos servidores da Educação de Palmas. Umas das informações pela Semed é a de que a greve da categoria foi deflagrada com consenso de apenas 18,8% do total de servidores da pasta. De acordo com Joelson, a assembleia que deflagrou a greve contou com a presença de 1.800 educadores sendo que 85% votaram pela greve. "Em cima disso, o secretário arrogante do jeito que ele é, quer descreditar. Quarta-feira nós vamos mostrar esse 18, 8%. Quarta-feira nós vamos fazer o milagre da multiplicação desses 18,8%", disse. Segundo informou Joelson Pereira, haverá na quarta-feira, 07, um ato público nas ruas e as escolas estarão fechadas. "Aí a real avaliação vai ser na quarta-feira. Ele está jogando para a galera, é isso que o secretário está fazendo", frisou. 

A Semed também divulgou a informação de que foi realizado um convite ao Sintet para que comparecesse em reunião na última sexta-feira, 02,visando um entendimento e possíveis soluções para as demandas que impulsionaram a deflagração da greve, entretanto, segundo a Secretaria, o Sindicato não compareceu. Joelson afirmou que o convite foi na última hora e pelo teor do mesmo, ia ser mais enrolação. "Faz parte da cortina de fumaça, da estratégia do secretário Danilo de querer ganhar tempo, de querer jogar para a sociedade que está negociando. Eles estão enrolando. A gente avaliou que não era oportuno numa sexta-feira tratar daquele ponto. Esse convite faz parte da estratégia deles de querer judicializar a nossa greve e dizer que a gente não quer dialogar", afirmou. 

Joelson também criticou o noticiado pela gestão de Palmas de que o salário dos educadores da Capital é um dos maiores do País. Segundo Joelson Pereira "quando ele (secretário Danilo) fala que é R$ 3.900 o salário, ele nem especifica, porque nós temos professores com nível médio que ganham R$ 1.917 mais uma gratificação de R$ 200 e temos os professores graduados, que já tem especialização e titularidade, recebem R$ 3.260,54, mais gratificação. Então não é salário inicial e sem falar que nós temos só nesse concurso de 2013, mais de 600 educadores que recebem por nível médio magistério (Rnt.917 mais R$ 200 de gratificação). Então é meia verdade!", frisou. 

Greve da categoria 

Os professores da rede municipal de ensino de Palmas aprovaram indicativo de greve no dia 29 de agosto, em busca de um posicionamento da Prefeitura de Palmas em relação às dificuldades encontradas pela categoria. 

Já no dia 30, os educadores avaliaram uma proposta de negociação da Prefeitura de Palmas, e decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado. 

Uma das reivindicações da categoria é o fim do Salas Integradas: "Com o Projeto Salas Integradas, 33 professores com ensino superior em licenciatura em pedagogia estão recebendo cerca de R$ 1.000 por um trabalho de 40 horas na rede pública de ensino de Palmas. Muito abaixo do que a Lei do Piso Salarial do Magistério. Que é o mínimo que qualquer professor pode receber ", segundo o Sintet.