O deputado estadual Junior Coimbra (PMDB) disse nesta quarta-feira, 09, que a saúde do Tocantins “está vivendo um momento de glória”. Segundo Coimbra a saúde esteve muito pior na época do ex-governador Siqueira Campos. Ele disse que tem conversado com amigos médicos e eles dizem que a saúde está muito boa.
A fala de Coimbra neste momento era endereçada ao deputado Raimundo Palito (PP) que criticou o atraso nos repasses dos pagamentos de produtividade dos médicos dizendo que em Araguaina os médicos não recebiam a mais 3 meses. Segundo Palito isto acontece porque o Estado desviou R$ 27 milhões da saúde, “foi o TCU que disse”, afirmou o deputado. Ele disse que o rombo atual foi feito pelo governo na gestão do Secretário Gismar Gomes “que está cheio de processos”, afirmou.
O deputado Raimundo Moreira (PSDB) imiscuiu-se no debate dizendo que o governo prometeu fazer três hospitais de referência no estado, mas não fez nenhum, e que, só não vê a forma como a saúde está “quem não vai lá para ver, quem não precisa do SUS” e arrematou “vai em Araguaina para ver a bagaceira”.
Avanços
Mesmo considerando que a saúde no estado ainda tem deficiências, José Viana (PSC), lembrou que o secretário da Saúde, Eugênio Pacelli, “tem surpreendido pelo excelente trabalho realizado” disse.
O deputado apontou algumas ações que fizeram a diferença como a moralização da secretaria que recuperou a credibilidade com aos fornecedores, o pagamento de produtividade aos médicos, a reforma de hospitais, a construção da Central do Estoque Regulador de Medicamentos, a incorporação do Serviço de Cancerologia no HGP, além da implantação do Serviço de Hemodiálise em Gurupi, dentre outros atos.
Viana, entretanto, lembrou que o Estado pode melhorar o suporte à demanda da população aumentando o número de consultas.
Dificuldades
José Viana citou, por exemplo, o encaminhamento de pacientes para os chamados centros de referências de Palmas, Araguaína e Gurupi. “O município de Paranã não tem cardiologista, então o paciente é encaminhado para Palmas que já está autorizada previamente a receber o valor da consulta. Aí vem a falha. A quantidade de consultas autorizadas é muito pequena em ralação à demanda. Daí a dificuldade no atendimento. É preciso criar condições para que os municípios não fiquem tão dependentes do Centro de Referência”, esclareceu.
Umberto Salvador Coelho