A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), lançou nesta quinta-feira, 21, a campanha CNA Pró Haiti. O objetivo desta iniciativa é incluir o setor agropecuário brasileiro no esforço de solidariedade em favor das vítimas do terremoto que atingiu aquele país. "Queremos contribuir com aquilo que melhor sabemos fazer: a produção de alimentos", afirmou ela. Durante entrevista coletiva, a senadora informou que já foram arrecadadas 130 toneladas de alimentos, doados pela CNA e por outras entidades representativas do agronegócio, que serão enviadas ao Haiti a partir da próxima semana.
"Neste momento em que a fome e a dor atingem o Haiti, onde 80% da população vivem em extrema pobreza, o Brasil, que é a grande fazenda do mundo, tem a obrigação de ajudar e contribuir com o esforço mundial de minimizar os efeitos desta catástrofe", completou. De imediato, serão enviadas 65 toneladas de carne enlatada (corned beef), doadas pela CNA, Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) e Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO). A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (ÚNICA) doará 13 toneladas de açúcar. Já a indústria de laticínios Itambé e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) enviarão 39 toneladas de leite evaporado. A Cutrale contribuirá com 13 toneladas de suco de laranja.
A presidente da CNA disse que já solicitou ao ministro da Defesa, Nélson Jobim, o apoio do governo para que os produtos possam seguir até o Haiti. Serão disponibilizados dez aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para o envio destas coletas iniciais. A carga partirá do Aeroporto Internacional do Galeão/Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro. Kátia Abreu ressaltou que a quantidade de alimentos arrecadada faz parte apenas da etapa inicial da campanha. Segundo ela, a entidade continuará recebendo doações para remessas posteriores ao Haiti. Basta entrar em contato com a Confederação pelo e-mail cnaprohaiti@canaldoprodutor.com.br.
"Esta é apenas a primeira remessa de alimentos que faremos ao povo haitiano. Continuaremos conclamando a agropecuária e as agroindústrias do Brasil a se engajarem na campanha CNA Pró Haiti", enfatizou a presidente da CNA. Ela também defendeu a participação de outros segmentos da iniciativa privada para a ajuda humanitária ao país da América Central. "Não se trata de uma tarefa apenas dos governos, mas o setor empresarial também deve contribuir, pois a própria ONU (Organização das Nações Unidas) já reconheceu que se trata de uma catástrofe difícil de ser enfrentada sem uma ação conjunta", completou a senadora. Também participaram da entrevista coletiva o representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), José Tubino, e o representante da ABIEC, Miguel Bueno.
Kátia Abreu informou, ainda, que o Sistema CNA oferecerá cooperação técnica em qualificação profissional ao governo do Haiti nas áreas de produção de alimentos, saúde e construção de moradias, contribuindo para a reconstrução do país, uma vez que mais de 60% da população haitiana vive na área rural em condições de extrema pobreza. Entre as iniciativas que poderão ser implantadas naquele país, principalmente por meio do SENAR, estão o projeto Reconstruindo Vidas, que oferecerá uma série de cursos e treinamentos à população atingida pelo terremoto. O SENAR preparou, também, o Projeto Acolher, para capacitar mães voluntárias no atendimento das centenas de crianças que ficaram órfãos em conseqüência da tragédia em seu país.
Fonte: Assessoria de Impresa Kátia Abreu