Segundo o candidato ao Senado da coligação Força do Povo, Paulo Mourão (PT) a coordenação nacional da campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) entrou em contato com o senador João Ribeiro (PR) da coligação adversária para cobrar mais postura do republicano com relação ao uso das imagens da candidata e do presidente Lula no horário eleitoral.
“ Houve sim um inconveniente com relação à isso”, disse Mourão. "João Ribeiro e o Vicentinho precisam entender que estão em um palanque adversário”, completou.
Segundo o petista, há o entendimento de que a imagem de Lula e Dilma está sendo usada para beneficiar o candidato a governo da coligação, Siqueira Campos (PSDB) que apoia nacionalmente José Serra (PSDB).
“Eles estão dando um verdadeiro show de oportunismo com isso, estão no palanque do Serra dizendo que apoiam Dilma”, disse o candidato da Força do Povo.
Para Mourão, a postura dos republicanos não vai causar nenhum prejuízo para o candidato ao governo, Carlos Henrique Gaguim (PMDB) nem para os dois candidatos ao Senado da coligação. “O povo está vendo essa postura desleal e sem ética, a sociedade dará a resposta a eles”, frisou.
O senador João Ribeiro já afirmou por diversas vezes que tudo foi combinado com a coordenação nacional com relação a seu apoio à ministra no Estado. O senador pretende inclusive fazer um evento do partido quando a candidata vier a Palmas.
No programa eleitoral Ribeiro explora imagens com o presidente e com a ex-ministra bem como mostra a ajuda do governo federal para a liberação de recursos para os municípios.
Polêmica no PRP
Sobre o pronunciamento de alguns membros e candidatos do PRP que afirmaram ao Conexão Tocantins que não apoiam a candidatura de Mourão devido a falta de cumprimento de acordos partidários, o candidato afirmou que essa não é a posição do partido.
“O partido me apoia, essas questões são de membros isolados que estão falando por si. Não há nada de constrangimento ou qualquer outro episódio entre eu e o partido. O PRP é da minha base”, frisou.
Críticas a Vicentinho
O candidato criticou ainda na entrevista o candidato ao Senado da coligação adversária, Vicentinho Alves (PR) . “Ele fala que é ficha limpa mas é preciso lembrar que quando ele foi prefeito de Porto teve que repor R$ 2 milhões aos cofres públicos”, afirmou, dizendo ter documentos que provam a suposta multa.