O candidato a vice-governador do Tocantins da coligação Tocantins Levado a Sério, deputado federal João Oliveira (DEM), é acusado por membros da coligação Força do Povo do candidato à reeleição, Carlos Henrique Gaguim (PMDB) de estar adotando no município de Presidenty Kennedy procedimentos ilícitos juntamente com sua esposa prefeita Dalva Oliveira, para coagir eleitores a votar em Siqueira Campos (PSDB) alem de compra de votos.
Uma das pessoas que teriam sido alvo da compra de votos foi Simone Pereira Neres. Ela procurou a Polícia Federal e denunciou que aproximadamente há 20 dias o deputado João Oliveira e a prefeita Dalva Oliveira estiveram em sua casa pedindo voto para Siqueira Campos e outros candidatos da Coligação TLS. Na ocasião João Oliveira e Dalva teriam solicitado que ela levasse até o comitê da coligação em Presidente Kennedy copias de seus documentos pessoais.
A orientação era para Simone não frequentasse o comitê da coligação TLS e nem tampouco trabalhasse como cabo eleitoral, porém, que ela aguardasse que no dia 02 de outubro, véspera da eleição, que uma pessoa do comitê entraria em contado para dizer o local onde ela deveria buscar o dinheiro.
Na noite de ontem, sábado, 02 de outubro, quando ela estava participando de uma reunião de fiscais e delegados da coligação Força do Povo, da qual faz parte, ela teria recebido diversas ligações do funcionário público municipal Laércio Batista e de Cláudio Willis, ambos, cabos eleitorais de João Oliveira, dizendo que ela deveria se dirigir até a residência de Felix Oliveira, irmão de João Oliveira, para buscar o pagamento da compra de seu voto.
Diante do exposto Simone ligou para Polícia Federal relatando o ocorrido. Uma viatura da Polícia Militar ficou nas imediações da residência do irmão de João Oliveira e quando Simone saiu da residência foi abordada pela guarnição, sendo constatada a materialidade do crime de compra de votos, uma vez que Simone tinha em seu poder um cheque do Banco do Brasil, assinado pelo comitê de campanha da coligação TLS no valor de R$ 200,00 (duzentos reais), juntamente com um santinho de Siqueira Campos (PSDB), candidato ao governo e de João Ribeiro (PR) e Vicentinho Alves (PR), ambos candidatos ao Senado.
Além da captação ilícita de sufrágio do voto, a coligação TLS é acusada de desconsiderar determinação da Justiça Eleitoral de não pagar Cabos Eleitorais antes ou durante a eleição.
A ocorrência policial foi lavrada na Delegacia de Polícia de Presidente Kennedy. Representantes da coligação Força do Povo no município relatam que outros fatos que comprovam os meios ilícitos de captação de voto vêm ocorrendo contra servidores públicos municipais na cidade de Presidente Kennedy.
O secretário de obras do município, Aladir, estaria sendo enviado constantemente pela prefeita Dalva Oliveira e o candidato a vice-governador, João Oliveira, até a residência de funcionárias que ocupam a função de Auxiliar de Serviços Gerais para ameaçá-las, segundo informações dos representantes da coligação Força do Povo.
Segundo as informações, o secretário deixa explícito para as funcionárias que se elas não apoiarem a candidatura de Siqueira Campos no dia 03 de outubro, elas serão transferidas para o serviço de gari, devendo ir para as ruas varrer e coletar lixo, a partir de segunda feira dia 04 de outubro. As funcionárias Maria Bonfim Souza Barros Carvalho, Maria do Socorro, Eclésia Duarte, e Eliane procuraram a Câmara de Vereadores do município para denunciar o fato.