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Estado

O presidente do Sistema FIETO, Roberto Pires, participou no último sábado, 19, em Brasília, da reunião com a Cúpula Empresarial Brasil- Estados Unidos, que tratou de assuntos relacionados ao desenvolvimento sustentável, no que tange a produção de energia elétrica e importância diálogo com os EUA. O evento, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pelo Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos e pela Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), foi encerrado pelo presidente norte-americano, Barack Obama.

Cúpula

Para o presidente do Comitê de Estratégia Empresarial do grupo JBS Friboi, Marcus Vinícius Pratini de Morais, encontrar com o país norte-americano pontos de convergência de interesses é um desejo antigo dos líderes empresariais do Brasil. “Nós somos duas economias até certo nível complementares. Porém, somos competidores em relação a algumas matérias primas, sobretudo nas da área agrícola. Isso sempre azedou um pouco as relações entre Brasil e Estados Unidos”, diz Pratini de Morais. “Um evento como a Cúpula é positivo porque permite o levantamento de interesses comuns e divergências”, defende.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), João Salomon, engrossa o coro sobre a necessidade de aproveitar o grande momento econômico que o Brasil vive para estreitar laços, mas ressalta que o governo brasileiro também deve se impor para conseguir facilitar as exportações para os Estados Unidos. “Temos grandes oportunidades com o petróleo, com o pré-sal. E os Estados Unidos são os grandes consumidores desses bens”, afirma Salomon. “Por outro lado, o Brasil precisa investir em transporte para os eventos esportivos internacionais que teremos nos próximos anos e, para isso, poderemos contar com os norte-americanos.” Mas, destaca o empresário, é fundamental romper as barreiras impostas aos produtos agrícolas brasileiros.

O vice-presidente da Coca Cola no Brasil, Jack Correa, acredita que a vinda do presidente Barack Obama ao país é a maior representação da busca pela retomada do foco da relação comercial entre os dois países. “Está se criando um canal de comunicação entre os dois governos que, a médio e longo prazo, deve trazer grandes resultados. É importante que a presidente Dilma Rousseff possa ligar para o presidente Obama e dizer: ‘Olha, nós precisamos conversar sobre isso’. E que ele, por sua vez, faça o mesmo”, defende.

A Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos reuniu cerca de 400 empresários dos dois países, além de representantes políticos. Durante o dia, eles discutiram temas como a sustentabilidade do setor energético e a necessidade de Brasil e Estados Unidos reverem a cobrança de taxas e encargos tributários de suas negociações comerciais.

Fonte: Assessoria de Imprensa/ Fieto