Segundo o Ministério da Saúde, Palmas é a capital brasileira que tem menos adultos com sobrepeso. O dado é da Vigitel 2010 - Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – pesquisa realizada pelo MS nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, via telefone. A pesquisa é feita em parceria com a USP – Universidade de São Paulo e foi divulgada nesta segunda-feira, 18.
De acordo com a pesquisa, em Palmas, os adultos com excesso de peso somam 36,6%, sendo 42,2 % do sexo masculino e 30% do sexo feminino. Outro fator importante é o percentual de adultos que tem o consumo abusivo de álcool em Palmas, que é de 19,7%, sendo 28,9% do sexo masculino e 10,4% do sexo feminino. O índice de pessoas fumantes é de 14,8% sendo 18,6% do sexo masculino e 10,9% do sexo feminino.
Em Palmas, o consumo de carne gordurosa é de 46,5%, sendo mais frequente entre os homens com 60,3% e entre as mulheres 32,5%. O percentual de pessoas que consomem frutas e hortaliças diariamente é de 18%, sendo maior entre as mulheres com 24,9%, contra 11,2% de homens.
Já em relação à prática de atividade física, em Palmas, 20% praticam atividade física no tempo livre, sendo 29,4% do sexo masculino e 10,5% feminino. E 11,2% são sedentários (fisicamente inativos), com 13,6% das mulheres, contra 8,9% dos homens.
O Vigitel tem por objetivo monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco (tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo, hipertensão arterial, obesidade e consumo abusivo de álcool) e proteção para doenças crônicas não transmissíveis, por meio de entrevistas telefônicas realizadas em amostras probabilísticas da população adulta acima de 18 anos, residente em domicílios servidos por linhas fixas de telefone em cada cidade. As perguntas do questionário Vigitel abordam características demográficas e socioeconômicas dos indivíduos e a escolha dos entrevistados é realizada mediante sorteio aleatório.
Segundo a gerente de doenças crônicas da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), Írian Alves dos Santos, esta é uma ação de vigilância de grande valor, por ser uma ferramenta de monitoramento dos principais fatores de risco para as DCNT. “Essa pesquisa em Palmas, já nos trouxe informações de grande relevância, isso irá contribuir para o planejamento de ações na área de saúde, já que as doenças crônicas como as do aparelho circulatório estão em primeiro lugar no Estado em causas de morte”, afirmou.
De acordo com estimativas da OMS - Organização Mundial de Saúde as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por 58,5 % de todas as mortes ocorridas no mundo e por 45,9% da carga global de doenças, com isso a doenças crônicas não transmissíveis representam um dos principais desafios de saúde para o desenvolvimento global, ameaçando a qualidade de vida de milhões de pessoas e apresentando grande impacto econômico para os países, em especial os de baixa e média renda.
A pesquisa é feita anualmente, e vem sendo realizada desde 2006. No ano de 2010, foram entrevistados em todo o Brasil, 54.339 pessoas, e em Palmas, foram entrevistas aproximadamente duas mil, entre homens e mulheres. Onde, através da pesquisa, ficou evidente, a vulnerabilidade do sexo masculino em desenvolver doenças crônicas, devido ao excesso de peso corporal, maior consumo de bebidas alcoólicas e maior prevalência de fumantes.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sesau