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Economia

Foto: Divulgação
  • Superintendente do Banco da Amazônia Donizete Borges

O secretário executivo da Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Ruiter Padua, participou do Encontro Técnico para o Planejamento da Aplicação dos Recursos do Banco da Amazônia, em 2012, no Estado do Tocantins. O evento ocorreu na manhã desta terça-feira, 30 de agosto, no auditório do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.

O superintendente da Banco da Amazônia no Tocantins, Donizete Borges de Campos, disse que o objetivo do evento é buscar subsídios para a elaboração do plano de aplicação dos recursos. Ele também explanou sobre os recursos aplicados no meio rural e não rural, até julho deste ano, com foco na agricultura familiar e os pequenos e micros empresários. “Somente na agricultura familiar foram mais de R$ 67 milhões e R$ 38 milhões nas pequenas e micros empresas. Ao todo foram R$ 782 milhões contratados neste período, no Tocantins”, informou o superintendente.

De acordo com Borges, desde 1989, quando o Banco começou a gerir os recursos do Pronaf e FNO, já foram aplicados mais de R$ 2 bilhões no setor rural e R$ 634 mil nos segmentos não rurais. “Ao todo foram mais de R$ 2.772 bilhões, aplicados durante a trajetória do Banco no Estado”, afirmou.

Na ocasião, o chefe de gabinete da presidência da Fieto – Federação das Indústrias do Estado do Tocantins, José Roberto Fernandes falou sobre o plano de desenvolvimento industrial da instituição para o Estado, enfocando a integração das hidrovias e ferrovias, com os estados circunvizinhos.

Já o diretor de planejamento e gestão de políticas públicas, José Anunciação Batista Filho, representante do secretário de Planejamento e Modernização da Gestão Pública, Eduardo Siqueira Campos, no evento, abordou as perspectivas para o desenvolvimento econômico e social. Ele também falou sobre as demandas dos projetos do PPA – Plano Plurianual, destacando as potencialidades da região do Bico do Papagaio na agricultura, nas áreas de fruticultura, extrativismo e turismo.

No momento das proposições, sugestões e críticas, o secretário executivo da Seagro, Ruiter Padua, cobrou da Instituição financeira a inclusão do APL – Arranjos Produtivos Locais – da piscicultura, energias limpas e um programa específico para a produção irrigada. O retorno e aumento da alçada decisória de aprovação de projetos, especialmente de silvicultura, para as agências e superintendência, assim como a liberação de recursos para o Governo aplicar no microcrédito, especialmente no Programa Nossa Oportunidade, também foram solicitações feitas por Padua.

Outro questionamento foi sobre o processo burocrático do Banco que está inviabilizando os investimentos e fazendo com que os produtores procurem outras instituições financeiras, embora com juros mais altos. “Na Agrotins mesmo, nós tivemos R$ 13 milhões de propostas no Banco da Amazônia e R$ 132 milhões no Bradesco. É preciso desburocratizar, tornar o processo mais ágil, muitos projetos são liberados após dois anos”, ressaltou acrescentando que o produtor leva um documento, depois de um mês pedem outro e quando se dá conta às certidões já estão vencidas. “Isso precisa acabar. Dessa forma o produtor não aguenta e vai continuar procurando outras instituições, mesmo que pagando juros mais altos”, disse.

O encontro contou com a participação de entidades públicas e privadas, como sindicatos rurais, Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário e outros. As sugestões, críticas e preposições serão analisadas pelo Banco da Amazônia.(Ascom Seagro)