Com a chegada do final do ano, o número de hóspedes em hotéis de Palmas tendem a aumentar por conta da proximidade das provas de vestibular das universidades tocantinenses. Com isso, transtornos podem surgir por conta de falhas na comunicação de reservas, ou por equívocos entre turistas e hotéis.
Em entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta terça-feira, 1º, a estudante Shyrlei Vilela, de Maceió (AL), informou que pretende prestar vestibular na Universidade Federal do Tocantins, no próximo dia 13. De acordo com a estudante, o valor do depósito referente à reserva de quarto no Hotel Turim, foi feita, visando, principalmente sua localização centralizada em Palmas.
Contudo, conforme explicou Shyrlei, ao ser informada que sua prova seria aplicada no Ceulp/Ulbra, ela e a amiga e também vestibulanda, Caroline Barros Figueiredo tentaram retirar a reserva do hotel por conta da grande distância do local da prova. “Nós não somos do Tocantins. Não conhecemos nada aí. Então tentamos achar um lugar mais próximo da onde vamos fazer a prova”, disse.
No entanto, ao tentar reaver pelo menos parte do valor depositado, a estudante teria sido informada pelo hotel de que não receberia o retorno do dinheiro. “Eu estava disposta a deixar no hotel de 20% a 30% do total depositado. Isso é de praxe. Mas eles não quiseram me devolver”, completou.
De acordo com a estudante, a preocupação é que a mesma situação possa se repetir com outros candidatos no vestibular. “Da mesma forma que isso aconteceu comigo, pode acontecer com qualquer pessoa”, reclamou.
Procon
O Conexão Tocantins procurou o serviço de Proteção ao Consumidor (Procon), para obter maiores informações sobre como proceder em casos como esse. De acordo com a entidade, o importante é manter sempre em vigência o contrato firmado entre o cliente e o hotel. Caso não haja contrato, o consumidor que se sentir lesado deverá juntar toda a documentação vigente e levar até a sede do Procon para que as medidas possam ser tomadas e um acordo firmado.
No caso específico de reservas em hotéis, o Procon informou ainda que, caso a reclamação seja feita dentro do prazo da reserva, o hotel tem por obrigação devolver parte do dinheiro depositado pelo hóspede. O valor que o estabelecimento pode reter varia entre 25% e 30%, de acordo com informações da entidade. Segundo o Procon, em hipótese alguma o hotel poderá reter o total do depósito referente à reserva.
Caso o cliente seja de outra cidade, ou estado, o PROCON orienta aquele que se sentir prejudicado, a procurar uma unidade do órgão mais próximo. Sendo feito, as unidades trabalham de forma conjunta para poder chegar a um acordo entre as partes. De qualquer forma, o julgamento final sempre caberá ao juiz responsável pela causa, caso não haja acordo prévio.
O outro lado
O Conexão Tocantins entrou em contato com o Hotel Turim mas até o fechamento da matéria os responsáveis não se pronunciaram sobre o assunto. O espaço continua aberto.