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Concha de Produção de Pérolas no Lago Biwa

Concha de Produção de Pérolas no Lago Biwa Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Concha de Produção de Pérolas no Lago Biwa Concha de Produção de Pérolas no Lago Biwa

Até agora sete encontros empresariais aconteceram entre a comitiva tocantinense com executivos e produtores japoneses. Na quarta-feira, 23, acompanhados do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário, Jaime Café, do reitor da Unitins, Joaber Macedo, superintendente do Sebrae/TO, Paulo Massuia e do vice-presidente do sistema Fieto, Carlos Augusto Suzana, os empresários visitaram a Hitachi Solutions, a Mitsui Panahome – casas populares, a Japan Radio Corporation e a Kato – equipamentos de construção civil. A visita de maior destaque foi na província de Shiga, onde conheceram a produção de pérola de água doce, no Lago Biwa, o maior lago do Japão e a produção é a maior no mundo.

No Lago de Biwa vive o molusco Hyriosis Schlegeli, que dá origem à pérola Biwa, considerada hoje a melhor pérola de água doce no mundo, por sua qualidade e beleza.

No local funciona uma cooperativa, presidida pelo produtor Tetsuda Saiki, que recebeu a comitiva e apresentou a tecnologia aplicada na produção das pérolas. A pérola é criada dentro da concha que vive no lago Nishinoko, a uma temperatura média de 15 a 26 graus, o que para o secretário Café “é compatível com o Tocantins, pois o lago de Palmas, por exemplo, tem temperatura média de 20 a 26 graus”, ele explicou que com a temperatura média de 26 graus celsius, a concha tem vida ativa durante o ano inteiro.

A história da pérola na região começou há 1200 anos atrás, e a produção chegou a uma tonelada por ano. Em 1992 vários produtores deixaram o negócio, pois houve mortandade das pérolas por causa da falta de mineral na água. De lá para cá a produção voltou a crescer e a ser um negócio promissor. As pérolas são exportadas para a Europa e Estados Unidos. A especificacão da pérola Biwa é de 13 mm (padrão médioa é 8mm), e nenhuma peça tem a mesma cor, mas com beleza própria. Cada peça, com um anel da pérola de 13 mm, tem valor de R$ 10 mil no mercado.

O secretário Jaime Café informou que a Secretaria da Agricultura e o Sebrae, continuarão procurando a possibilidade de aplicar a tecnologia de produção de pérolas no Estado, e solicitou à Cooperativa apoio na transferência de tecnologia. A Cooperativa garantiu apoio tecnológico para ajudar na produção de pérolas no Estado do Tocantins.

Paulo Henrique Ferreira Massuia, comentou que “a visita tem grande importância e foi o passo inicial para a troca de informações com os empresários japoneses para empreendimentos no Estado”. Ele enfatizou a relação de valores de produtos no mercado japonês.

O governador Siqueira Campos explicou que “o Tocantins tem potencial para produzir frutas, softwares, carne, e produtos manufaturados e receber investimentos das empresas japonesas para industrialização dos produtos com alto valor agregado nos diversos Distritos Industriais que existem no Tocantins”.

Durante a missão o governador Siqueira Campos, lembrou o entendimento com a Câmara de Comércio Brasil - Japão, com objetivo de facilitar as negociações entre as empresas tocantinenses e japonesas, além de disponibilizar informações e ferramentas necessárias ao desenvolvimento de negócios. A Câmara japonesa, poderá ainda dar suporte na preparação de agendas comerciais, visitas técnicas e rodadas de negócios. (Assegov)