O presidente do PDT no Tocantins e deputado federal da legenda, Angelo Agnolin salientou ao Conexão Tocantins que não há ainda nome para substituir Carlos Lupi no Ministério do Trabalho. Lupi entregou o cargo neste domingo, 4.
O próximo passo do PDT, segundo Agnolin, será buscar a unidade no partido. “A bancada vai fazer uma reunião inicial com a executiva do partido e o ministro Lupi para que ele passe os fatos ocorridos na conversa com a presidenta Dilma”, frisou.
O parlamentar frisou que uma nova reunião deve acontecer para começar a avaliar os nomes que podem substituir Lupi. “Não tem nenhum nome colocado ainda”, disse.
Indagado se há possibilidade de colocar seu nome à disposição para a escolha do cargo, o parlamentar salientou que até o momento não tem essa pretensão. “Acho que a primeira coisa não deve ser a indicação de um substituto”, disse.
O deputado voltou a frisar que a saída de Lupi não atrapalhará em nenhum momento a execução de convênios com o Estado nem com a capital. Politicamente, já que Lupi foi o padrinho da pré-candidatura de Edna Agnolin (PDT) em 2012, o deputado estima que também não há prejuízos políticos com a saída de Lupi.
O ministro foi alvo de denúncias de desvio de recursos públicos de convênios assinados com organizações não governamentais.
Veja a íntegra da nota do ministro assim que deixou o ministério:
"Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República – que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa - decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.
Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o trabalhismo não contagie outros setores do governo.
Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados, reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador e o bom empregador, entre outras realizações.
Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence.”