O procurador Geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo Pereira recebeu alguns jornalistas na manhã desta terça-feira, 13, na sede do Ministério Público Estadual para apresentar um balanço das ações do órgão neste ano. Segundo os dados apresentados foram 31 denúncias criminais contra prefeitos e 140 ações civis públicas contra gestores.
Foram 321 procedimentos da promotoria de Saúde para compra de remédios, realização de cirurgias e disponibilização de leitos de UTI; na área de Defesa do Consumidor foram 394 procedimentos que incluem fiscalização de gás ilegal, açougues e frigoríficos. A Ouvidoria do MPE foi procurada por 625 pessoas esse ano o que representa um aumento de 75% em relação ao ano passado, segundo os dados repassados.
O procurador falou sobre o trabalho do órgão este ano e ressaltou que o MPE tem o objetivo de defender a sociedade e foi logo rebatendo as críticas de que o órgão estaria perseguindo os prefeitos do Estado.
”Fomos acusados até de estar perseguindo prefeito, de estarmos extrapolando as atribuições. Disseram que nós jogamos os prefeitos na vala comum ao dizer que há uma corrupção generalizada. O que eu falei é que a corrupção está generalizada no Estado”, salientou. “Não fazemos denúncias infundadas, não temos interesse nenhum nisso”, completou ao comentar as denúncias que recebeu esse ano contra prefeituras. São 65 investigações em andamento contra prefeituras do Estado.
Os danos aos cofres públicos pelas denúncias contra prefeituras podem chegar a R$ 100 milhões segundo o procurador. “As denúncias são só o início do iceberg”, ressaltou. O MPE divulgou também o Mapa da Corrupção no Estado. Muitas respostas e impasses com o Estado tem sido resolvidos também através de contato e conversa com secretários e demais auxiliares de governo, ressaltou o procurador Geral.