A insegurança nos hospitais públicos do Estado tem preocupado funcionários e usuários. Nas últimas semanas, segundo o Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Estado do Tocantins – SEET, tem se tornado frequente o registro de crimes nas unidades hospitalares, incluindo um homicídio, uma tentativa de estupro, além de roubos e furtos a veículos. O motivo levou o sindicato a notificar, nesta última sexta-feira, 20, o secretário Estadual da Saúde, Nicolau Esteves.
O problema estaria acontecendo desde que o governo estadual retirou os vigilantes de uma empresa terceirizada dos hospitais públicos.
A categoria exige providências. “Não é a primeira vez que cobramos do Estado uma posição sobre isso. É preciso garantir a segurança dos usuários, que estão atrás de atendimento e dos funcionários, que precisam ter tranquilidade e concentração para desempenhar as funções”, declarou o presidente do Seet, Ismael Sabino da Luz.
No Hospital Regional Público de Porto Nacional, a 60 quilômetros de Palmas, uma enfermeira foi atacada dentro da unidade segundo o sindicato. O estupro só não aconteceu porque, segundo a vítima, ela conseguiu pedir socorro.
“Isso caracteriza um ambiente de alto risco de violência, principalmente para as mulheres”, disse o presidente acrescentando que no mesmo hospital, na última quarta-feira, 18, o clima foi ainda mais tenso. Um paciente ferido, matou a facadas, um outro paciente que estava internado. O crime causou pânico aos funcionários e usuários, agravando ainda mais o quadro de saúde de pessoas que estavam em busca de tratamento.
De acordo com o ofício nº.57/2012, protocolado na Secretaria Estadual da Saúde, ações dos bandidos tem se tornado comum nos centros de saúde, como roubos e furtos de celulares de pacientes e funcionários, sem contar que ladrões invadem constantemente o estacionamento do Hospital Geral Público de Palmas (HGPP), arrebentam travas de segurança e levam motocicletas. Pelo menos cinco motos foram furtadas no último mês.
A falta de segurança, desde a retirada dos vigilantes dos hospitais, no início do ano, tem sido motivo de diversas notificações ao Governo do Estado. “Exigimos uma atitude urgente. Levaremos esse caso às últimas instâncias. O que estão esperando acontecer? Mais gente morrer? Não se pode tolerar isso! Vamos levar essa situação ao Ministério Público e à justiça se preciso for”, garantiu o presidente. (Assessoria de Imprensa)