Cinco pessoas foram presas acusadas do sequestro do garoto Pedro Paulo Mendes, 4 anos. O menino foi libertado na noite da última terça-feira, após 14 dias de sequestro. Ele foi levado de casa, em Imperatriz, no oeste do Maranhão, e encontrado em Palmeirante, no norte do Tocantins. Segundo a polícia, o resgate de R$ 500 mil foi pago.
O garoto, filho de um casal de comerciantes, foi sequestrado em 27 de junho, quando dois homens aproveitaram a entrada da babá na residência para invadir o imóvel. Segundo testemunhas, eles fugiram em uma caminhonete, com Pedro Paulo e a babá, que depois foi deixada a cerca de 20 km de Imperatriz.
Conforme a investigação, o crime foi idealizado por Antônio Dagui, ex-funcionário do pai da criança, que foi demitido este ano. Ele conhecia a rotina dos moradores da casa do garoto e passou as informações para o líder do grupo - já identificado pela polícia, mas cujo nome não foi divulgado. Dagui forneceu detalhes como as condições de saúde de Pedro Paulo, que tem rejeição a lactose.
Durante o cativeiro, o grupo se comunicou com a família por mensagens cifradas dentro de frascos abandonados em pontos estratégicos de Imperatriz e por mensagens gravadas em um chip de memória. A investigação iniciou logo após o sequestro e o pagamento do resgate foi autorizado pela polícia, que monitorou os envolvidos que buscavam o dinheiro.
Na manhã desta última quarta-feira, Dagui foi preso em Imperatriz com R$ 100 mil. O restante do dinheiro, segundo a polícia, foi dividido entre os outros membros da quadrilha. Também foram presos, em ação no Estado do Pará, Ricardo Feitosa Santos, acusado de invadir a casa do menino e levá-lo, e Bruno Francisco, que teria resgatado Dagui e Santos após o pagamento do resgate. Outras duas pessoas, um homem e uma mulher - que não tiveram os nomes informados -, foram presas no local onde a vítima era mantida em cativeiro.
A polícia continua as buscas a outros quatro suspeitos de envolvimento no sequestro, uma mulher e três homens.