Com a intensificação do período chuvoso, a Secretaria da Saúde de Palmas (Semus) inicia nesta segunda-feira, 21 de janeiro, um mapeamento rápido para diagnosticar áreas com maior infestação do mosquito da dengue na Capital.
Até o dia 25 de janeiro, cerca de 100 homens do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), entre analistas, supervisores e agentes de combate à dengue, farão o Levantamento de Índice Rápido por Amostragem para Aedes aegypti (LIRAa). Este será o primeiro LIRAa realizado em 2013. O método, recomendado pelo Ministério da Saúde (MS), deve indicar o índice de infestação predial (IIP) médio de Palmas no período chuvoso.
Segundo o biólogo do CCZ, Ronaldo de Oliveira, o resultado do LIRAa deve auxiliar as equipes de combate à dengue na identificação de áreas com maior incidência da doença. Com as quadras prioritárias em mãos, a Semus ampliará a efetividade das ações de combate ao mosquito.
Uma ação de combate à dengue está previsto para acontecer no dia 29 de janeiro e deverá ser a primeira mobilização que utilizará o resultado do LIRAa em áreas prioritárias.
Infestação
O último LIRAa, realizado em outubro de 2012, apontou índice de infestação 0,67%, inferior ao índice de 1% tolerado pelo MS. Em janeiro, "como estamos em período de chuvas e está havendo uma intensificação das chuvas esperamos um índice superior ao do último levantamento. Esse índice será importante para nos ajudar a focar ações de prevenção e combate ao mosquito em áreas prioritárias", esclarece o secretário da Saúde de Palmas, Walter Balestra.
Além das ações de campo, o resultado do LIRAa deve ajudar os trabalhos de orientação da Semus junto à população, que precisa estar atenta às recomendações das equipes de combate à dengue. "Precisamos da colaboração dos moradores para evitarmos focos do mosquito. O que não é uma tarefa difícil, basta que cada morador limpe seu imóvel e realize uma vez por semana uma pequena vistoria em busca de água parada", enfatiza o supervisor geral de endemias, José Benedito Alves.
Criadouros
Segundo o diretor de Vigilância em Saúde da Semus, Héber de Oliveira, o LIRAa 2013 ajudará a Semus a identificar quais os tipos predominantes de criadouros positivos existem em Palmas. A comparação desse resultado com o cenário diagnosticado no levantamento de 2012 pode revelar ainda o comportamento da população diante dos alertas e orientações oferecidos antes do início das chuvas. Naquela ocasião, 48,8% dos focos de dengue foram encontrados em depósitos móveis passíveis de remoção, como pratos e vasos de plantas, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros de animais, restos de materiais de construção, etc. (Ascom Semus)