A presidente Dilma Rousseff abriu a reunião com prefeitos de capitais e governadores na tarde desta segunda-feira, 24, onde ela disse que pretende debater o momento delicado que vive o país. “Mais que o debate, estamos aqui para buscar soluções", afirmou. Do Tocantins, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP) e o governador do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB) participam da reunião. A presidente Dilma Rousseff disse ainda que vai apoiar um plebiscito para criar uma Constituinte exclusiva para fazer uma reforma política e que quer tornar o combate à corrupção "ainda mais contundente" . "Iniciativa fundamental é nova legislação que classifique a corrupção dolosa como crime hediondo, com penas severas", disse.
Dilma Rousseff afirmou em seguida que vai propor pacto pela estabilidade econômica, pela reforma política e pela melhora na saúde. Sobre a saúde, disse que, quando necessário, o governo pode contratar médicos estrangeiros. "Quando não houver disponibilidade de médicos brasileiros, contrateremos médicos estrangeiros para trabalhar exclusivamente no SUS."
Com relação aos transportes, Dilma Rousseff diz que quer disponibilizar mais R$ 50 bilhões para investimentos em transporte público. Para baratear a tarifa, Dilma disse que o governo federal está disposto a ampliar a desoneração de impostos e pediu colaboração de governadores e prefeitos para também abater impostos sobre o serviço.
Falando sobre a educação, a presidente disse que é necessário aprovar a destinação dos recursos do pré-sal na educação e defendeu a alfabetização no tempo certo, o investimento em ciência e tecnologia e a valorização do professor. "Confio que os senhores congressistas aprovarão esse projeto que tramita no Legislativo com urgência constitucional", disse.
A presidência prometeu ajudar os prefeitos e disse entender a voz das ruas. “quero garantir que meu governo está ouvindo as vozes democráticas que vem das ruas. É preciso saber escutar a voz das ruas. É preciso que todos entendam esses sinais com humildade e acertos”, afirmou. Com relação aos atos de vandalismo nas manifestações, Dilma prometeu ajuda aos governantes. "Reafirmo meu compromisso de ajudá-los no que for necessário para garantir a paz e tranquilidade nas grandes cidades”, disse.
Na reunião a presidente explicou que alguns ministros vão expor propostas e projetos para algumas áreas do governo. Os prefeitos e governantes também deverão falar.